Nos portos do Paraná, mulheres ocupam cada vez mais espaço. Elas são destaque na logística, em postos técnicos e operacionais, em mar ou no cais. A presença feminina cresceu na empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina e nas empresas que operam ou prestam serviço nos terminais paranaenses.
“Elas estão na praticagem, no OGMO, nos caminhões, nos rebocadores e na mecânica dos grandes equipamentos. Não víamos essa presença tão forte, nos portos, há algum tempo”, comenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Na autoridade portuária, dos 521 colaboradores – elas somam 73. A maioria, 36, tem idade entre 20 e 35 anos. Outras 23 mulheres têm entre 36 e 50 anos; dez, 51 a 65 anos; e quatro têm idade superior a 66 anos.
Todas as mulheres da empresa pública têm escolaridade acima do Ensino Médio. Enquanto 51% dos homens têm ensino superior completo; entre as mulheres esse percentual sobe para 68%. Os colaboradores, homens, que têm pós-graduação, mestrado ou doutorado somam apenas 4%. Já entre as mulheres, 22% são pós-graduadas, mestres ou doutoras.
Entre as funções ocupadas pelos homens, 72% atuam como técnicos ou operacionais; 7% como supervisores ou assessores; e 19% em cargos de gerência e coordenação.
Já entre as mulheres, 64% atuam como técnicas e operacionais; 12% em função de supervisão e assessoria; e 23% estão como coordenadoras ou gerentes.
Um marco no avanço da presença feminina nos portos paranaenses foi a nomeação da primeira diretora técnica, mulher, em portos brasileiros, em 2004. A engenheira Maria Manuela da Encarnação Oliveira, de 71 anos, ainda está na ativa e hoje integra a Diretoria de Meio Ambiente.
“Para mim foi uma grande alegria, me satisfaz e me dá muito orgulho”, revela Manuela. Ela entrou no porto de 1987. É formada em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), se especializou em Portos e Hidrovias, e posteriormente, na Espanha, fez especialização em “Puertos, Camiños y Canales”, de 1984 a 1985, com “Prácticas en Obras y Explotación Portuária” na “Junta Del Puerto de Tarragona”, Catalunha.
Segundo a engenheira, não foi fácil conquistar o respeito que hoje ela tem. Por isso, ela comemora as conquistas das mulheres da área. “Cada vez mais a mulher está ocupando o seu espaço. O que interessa não é o gênero, mas a qualidade do trabalho. As funções que essas mulheres hoje ocupam, nos portos, são extremamente importantes para o País”, comenta.
Fonte: Portos do Paraná
Foto: Portos do Paraná
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