O Consórcio Canal da Galheta Dragagem, do qual o grupo paranaense FTSpar faz parte, venceu nesta quarta-feira, na Bolsa de Valores do Brasil (B3), o leilão com um lance de 276 milhões de reais. Nos próximos cinco anos, fica com a iniciativa privada o dever de investir mais de R$ 1,2 bilhão de reais em melhorias como sinalização, dragagem e aumento do calado, que é a distância entre o ponto mais profundo da embarcação e a superfície da água. Isso permite que mais containeres ou produtos sejam carregados em um mesmo navio.
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“Essa conquista de um canal de acesso para a iniciativa privada é uma conquista que beneficia a todos. Operadores, importadores, exportadores e sobretudo o Brasil. O Porto de Paranaguá já é reconhecido como o mais eficiente do país e agora vai continuar sendo o mais eficiente. E a gente vai trabalhar bastante para isso, com toda certeza. E com mais eficiência, com mais capacidade e com mais recursos, o Paraná se consolida como um dos grandes, se não como o maior protagonista da infraestrutura nacional”, diz Andre Maragliano, CEO da FTSpar.

A área arrendada tem 34,5 quilômetros. O trecho aquaviário vai da Ilha do Mel até Antonina, no litoral do Paraná, e contrato vale por vinte e cinco anos. O chamado canal de acesso é a rota que permite a entrada e a saída das embarcações. O Porto de Paranaguá é o maior corredor de exportação de proteína animal do Brasil e um dos principais portos graneleiros do mundo.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, atualmente, passam por aqui, em média, dois mil e seiscentos navios ao ano. A nova concessão deve elevar a eficiência operacional e o protagonismo do Porto no comércio internacional.
A iniciativa é inédita e o plano é aplicar este modelo de leilão em outros canais de acesso do país como o de Santos, no litoral paulista, e o de Itajaí, em Santa Catarina.






