A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) da Portos do Paraná entrou numa nova era a partir da gestão iniciada no mês de abril. Com o dobro de integrantes, passando de quatro para oito membros, o comitê agora tem também a responsabilidade de receber denúncias e propor soluções contra os assédios moral e sexual na empresa pública.
As novas orientações seguem determinação da Lei 14.457/22 e mostram a preocupação da empresa pública em ter o melhor ambiente de trabalho para todos.
“Uma das obrigatoriedades da CIPA é em relação a todos os tipos de assédio. É importante porque a CIPA é um fórum da empresa e esse assunto passa a ser mais debatido com uma visão holística de saúde e segurança do trabalho, porque os assédios moral e sexual também influenciam na qualidade do trabalho e do ambiente de trabalho”, aponta o técnico portuário e presidente da CIPA, Márcio Martini.
A técnica portuária Lucineia Lopes Teles lembra que as mulheres ainda são as mais atingidas pelo assédio e o comitê deverá ter uma grande atuação durante a gestão. “Quando a gente fala de assédio, isso ocorre tanto com homens quanto com as mulheres, mas as mulheres ainda são maioria que sofrem com a violência e a CIPA será mais um canal para que as pessoas que sofram com esse mal possam se comunicar e buscar ajuda. Acredito que essa nova CIPA deva ter essa importância. Estamos com uma equipe bem estruturada e que poderá fazer um bom trabalho nessa gestão”, avisa a técnica que está no segundo mandato na comissão da empresa pública e que já participou de outras comissões no setor privado.
Primeiro colocado na eleição dos empregados, Gelson Cordeiro, também lembra da importância do combate ao bullying. “Vamos lutar para manter a CIPA forte, digna, atuando na prevenção de acidentes. Vamos procurar fazer campanhas em cada seção, vamos debater os tópicos nas nossas reuniões e levar a cada setor para termos um bom desempenho junto aos nossos funcionários”, projeta.
De acordo com Márcio, quem quiser fazer alguma crítica, sugestão ou denúncia pode procurar qualquer integrante titular ou suplente da CIPA. “Nós somos em dez, considerando os suplentes também, e todos podem receber denúncias ou reivindicações de qualquer funcionário e trazer para a CIPA. No caso de assédio, se for uma mulher e se sentir melhor pode procurar a Lucineia, a Sônia, a Bruna ou a Ana, mas todos estão disponíveis para receber as denúncias, propostas e reivindicações”, finaliza.
A CIPA é um comitê paritário entre representantes dos empregados e do empregador e o quantitativo depende do número de profissionais contratados e do nível de risco da operação. São feitas reuniões mensais e todos precisam passar por um curso de, no mínimo, 8 horas, para saberem o que prevê a legislação da CIPA. Todas as definições tomadas no âmbito do comitê são levadas até as instâncias devidas para que sejam tomadas as providências necessárias.
Membros titulares eleitos pelos empregados:
Gelson Luís Cordeiro (vice-presidente), Lucineia Lopes Teles, Israel Nunes Garcia e Miguel Nasser Bisneto.
Membro suplente eleito pelos empregados:
Normando Guedes Marcondes
Membros titulares indicados pelo empregador:
Márcio Roberto Santiago Martini (presidente), Sônia Regina de Araújo, Nelson Alves Rodrigues e Ana Paula Plinkoski Vitalino.
Membro suplente indicado pelo empregador:
Bruna Marcela de Oliveira.
Fonte: Portos do Paraná