Portos do Paraná

Chuvas provocam paralisação em parte das operações portuárias

Segundo Portos do Paraná, paralisações com chuvas somaram 12,6 dias em janeiro (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)

Chuvas provocam paralisação em parte das operações portuárias

Chuvas provocam paralisação em parte das operações portuárias

Volume de janeiro foi 356,4% maior que no mesmo mês em 2020

O volume de chuva registrado em janeiro deste ano, em Paranaguá, foi 356,4% maior que no mesmo mês de 2020. A água que, no tempo e na medida certa, favorece o desenvolvimento do campo, acaba provocando paralisações em parte das operações portuárias.

Segundo o levantamento da Portos do Paraná, as paralisações somaram 12,6 dias (mais de 302 horas) no mês. O tempo é cerca de 82% maior que os 6,9 dias (pouco mais de 165 horas) registrados em janeiro do ano passado. Os números consideram o embarque de granéis como soja, milho e farelo.

“Em portos do mundo todo, não é possível operar grãos com tempo úmido. A natureza da carga não permite e a qualquer sinal de chuva, os navios atracados paralisam as operações. Os porões só voltam a abrir quando o comandante do navio tem segurança de que a carga não será molhada e não corre o risco de estragar”, explica o diretor de Operações da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva Junior.

Não é apenas o embarque dos granéis sólidos que é impactado pela chuva, alguns desembarques de granéis importados também são paralisados. Dos fertilizantes, por exemplo, apenas a ureia opera com garoa.

As operações que seguem mesmo debaixo de chuva são as dos contêineres, de veículos, de carga geral (com exceção de papéis e sacaria), sal e dos granéis líquidos (feita em tubulações e tanques fechados).

Custos 

Os usuários dos portos do Paraná não pagam pelo período que o navio fica atracado no cais, paralisado pela chuva. “Nos boletins diários dos navios, são anotados o tempo que a embarcação permaneceu parada devido ao mau tempo. No fechamento, são descontados esses períodos. O usuário não paga, apesar do atraso nas operações e na produtividade”, explica Teixeira.

Ainda de acordo com o diretor, não existe, no mundo, uma alternativa para seguir com as operações portuárias, mesmo com chuva. O jeito, segundo ele, é ser mais produtivo e ainda mais eficiente para aproveitar os tempos operacionais e alcançar os resultados. “Com ou sem chuva, as cargas estão chegando. A gente segue com as operações, aqui no planejamento e na coordenação. Tem que seguir funcionando para não represar”, completa.

Operações 

O diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (Atexp), André Maragliano, conta que a chuva impacta, mas os reflexos não são significativos nesse momento de entressafra, em que o embarque da soja ainda não é intenso.

“Aproveitamos o período para finalizar a manutenções corretivas e preventivas para que tenhamos um ano com total disponibilidade dos equipamentos. Os embarques de soja devem começar a partir da segunda semana de fevereiro e durante o ano a chuva não tem um impacto tão grande. Isso porque a estatística da chuva em Paranaguá não é diferente da chuva nos outros portos mais próximos, como São Francisco do Sul e de Santos”, completa o operador.

Volume 

Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), este ano, em janeiro, foram 563,2 milímetros de chuva registrada em Paranaguá. Nos 31 dias de janeiro, em 2020, foram 123 milímetros.

Paralisação do Corredor de Exportação, por chuva, em 2020

Janeiro – 6,9 dias

Fevereiro – 12 dias

Março – 4,3 dias

Abril – 3,1 dias

Maio – 2,7 dias

Junho – 11,7 dias

Julho – 6,1 dias

Agosto – 8 dias

Setembro – 6,7 dias

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Chuvas provocam paralisação em parte das operações portuárias

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