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Altura, precisão e família: a vida nas alturas do cais

Operador conta como é trabalhar com guindaste que carrega e descarrega contêineres dos navios

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Sem medo de altura, sentado em uma cabine a 50 metros do chão, seus olhos estão sempre voltados para baixo (Foto: Claudio Neves/Gcom Portos do Paraná)

Há 14 anos, Rogério Cordeiro Marodin domina com maestria um gigante de aço usado para carregar e descarregar contêineres em navios de até 366 metros. Sua história faz parte da série especial sobre os 90 anos do Porto de Paranaguá, que revela detalhes das atividades do segundo maior porto do Brasil.

Sem medo de altura, sentado em uma cabine a 50 metros do chão, seus olhos estão sempre voltados para baixo. Com extrema habilidade e atenção, ele encaixa as peças nas embarcações de acordo com as indicações de uma planilha.

No documento, constam informações sobre qual contêiner movimentar e onde colocá-lo. Essa é a rotina do operador de portêiner (guindaste), que integra a equipe do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).

“Este mês completo 14 anos aqui. Comecei no RTG e, depois de um ano, fui selecionado para o STS. É gratificante e um privilégio operar esse gigante de aço e fazer parte da equipe da TCP”, relembra Rogério. Só não se assuste com as siglas: RTG é o Rubber Tyred Gantry Crane, um guindaste em formato de pórtico, equipado com pneus, que movimenta os contêineres entre o caminhão e o pátio de armazenamento. Já o STS, ou Ship-to-Shore Crane (portêiner), é o guindaste que se move sobre trilhos e transfere os contêineres entre os navios e os caminhões.

“Trabalhei seis anos no RTG e nunca imaginei estar aqui. Para mim, foi muito gratificante ser selecionado e reconhecido como operador de portêiner”, diz o profissional.
 “O meu esforço é pela minha família. Ela é tudo para mim. Se algo acontece comigo, meu primeiro alicerce é a família. Trabalhamos por eles e para eles”, complementa.

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Foto: Claudio Neves/Gcom Portos do Paraná

A cada turno, metas são estabelecidas e é preciso cumprir os objetivos definidos pela empresa.

“Existe toda uma logística operacional. Uma equipe trabalha para abastecer o STS e, se conseguirmos entregar dentro do tempo programado, é gratificante. Toda a operação sai ganhando”, afirma Marodin.

Antes de iniciar o trabalho com o enorme guindaste, é necessário realizar o checklist do equipamento e estudar cuidadosamente o plano de carga. Não basta subir no portêiner e começar a operar.  

“Nós temos o espelho, o print de movimentação, que mostra se é carga ou descarga. O desenho exibe o porão e o convés. Tudo isso é alinhado com o conferente, que nos informa sobre possíveis mudanças junto ao navio. Se houver, nós nos ajustamos. Tudo é feito em conjunto”, revela o operador.

Dominar esse colosso de aço é quase uma arte. Para quem observa a agilidade com que os contêineres são empilhados dentro de um navio ou colocados sobre os caminhões, pode parecer que a tarefa é simples ou que as cargas são leves.
 

“O segredo é evitar o balanço dos cabos”, conta Marodin.

O operador ressalta ainda que é fundamental posicionar corretamente as caixas metálicas nas embarcações. E dá um alerta importante:

“Não pode ter medo de altura. Se tiver, melhor nem subir”. Outra dica é cuidar do próprio corpo. “Nos momentos de descanso, é bom se alongar um pouco, porque, depois de seis horas, o corpo sente. Fora isso, tudo certo”, brinca, bem-humorado.

Fonte: Portos do Paraná

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