Tentativa de homicídio termina com dois indivíduos presos no Porto dos Padres

Gean Belo Oliveira Canto, de 19 anos, morador na Vila Guarani, e Marcos Mateus Alves Abrantes, de 22 anos, morador no bairro Barro Branco, em Morretes, foram presos por equipes da Polícia Militar, no final da tarde de terça-feira, 13, por volta das 17h, logo após atirar contra um homem, na região da Vila Rute, em Paranaguá. Com a dupla, os policiais apreenderam um revólver calibre .38, municiado.

ATENTADO

De acordo com a corporação, um equipe da ALI – Agência Local de Inteligência, do 9.º BPM, monitorava um indivíduo acusado de envolvimento com o tráfico de entorpecentes, na Rua Fabiano Andretta, na Vila Rute, quando Gean e Marcos, ocupando uma motocicleta, passaram pela via e atiraram na direção do suspeito.

Os tiros não atingiram o homem que era o alvo do atentado.

Logo após os tiros, os policiais que estavam nas proximidades acionaram reforço e começaram a perseguir a motocicleta.

Com apoio de equipes da ROTAM – Rondas Ostensivas Tático Móvel e da RPA – Rádio Patrulha Auto, os suspeitos foram cercados no final da Rua José Cadilhe, no bairro Porto dos Padres.

Sem ter para onde fugir, a dupla entrou em uma área de manguezal, onde foi capturada.

Com Gean Belo Oliveira Canto os policiais encontraram um revólver calibre .38, com duas munições deflagradas e quatro intactas.

A arma de fogo e a motocicleta usada no crime foram apreendidas.

DISPUTA

Além de estar envolvido com o tráfico de drogas na região da Vila Rute, situação apontada em várias denúncias recebidas pelo 181 – Narcodenúncia da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o indivíduo que era o alvo do atentado seria integrantes de uma facção criminosa de Santa Catarina.

O grupo criminoso que atua no estado vizinho tenta tomar pontos de venda de entorpecentes em Paranaguá, que são controlados por uma facção rival.

A disputa tem gerado uma verdadeira guerra entre as quadrilhas, provocando muitas mortes e atentados a tiros.

Em 2021, por conta dessa disputa pelo tráfico de drogas na cidade de Paranaguá, a polícia acredita que cerca de 30 homicídios foram registrados. A grande maioria, execuções.

OPERAÇÃO RIO

Visando combater essa guerra entre quadrilhas rivais que estariam se enfrentando no litoral, equipes da Polícia Militar deflagram no último dia 6 de abril, a segunda fase da Operação Rio, quando foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão contra integrantes dos grupos criminosos, nas cidades de Paranaguá, Matinhos, Pontal do Paraná e Piraquara.

Durante a mobilização policial, oito pessoas foram presas e três indivíduos morreram em confrontos armados, registrados em Matinhos e Piraquara.

Três presos já estavam no sistema penitenciário do Estado.

Foram apreendidas três armas de fogo, certa quantia em dinheiro e porções de entorpecentes.

CONFRONTOS

Dois confrontos armados foram registrados pela Polícia Militar durante o cumprimento dos mandados judiciais.

Em Matinhos, dois indivíduos morreram durante a troca de tiros com equipes do BOPE – Batalhão de Operações Especiais.

Chandrer Bernardo de Oliveira, de 28 anos, morador no bairro Bockmann, e Hiago Crispim da Silva, de 22 anos, morador na Vila Alboit, em Paranaguá, estavam escondidos em uma casa no balneário de Inajá.

Os dois estavam com mandados de prisão em aberto.

Duas pistolas foram apreendidas no local.

O outro confronto aconteceu na cidade de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Deyvid Fellipe da Silva Pereira, de 23 anos, morador no bairro Beira Rio, em Paranaguá, reagiu a abordagem policial. Ele foi alvejado e morreu. Um revólver foi apreendido no local onde o confronto aconteceu.

Todos os indivíduos mortos tinham passagens pela polícia e eram alvos da Operação Rio.

PRESOS

Gean Belo Oliveira Canto e Marcos Mateus Alves Abrantes, presos na tarde de terça-feira, 13, em Paranaguá, foram encaminhados para o plantão da Polícia Civil.

A prisão da dupla deve ajudar as autoridades policiais na sequência do trabalho de investigação desenvolvido por agentes do Centro de Inteligência da Polícia Militar, que resultaram na Operação Rio.
Cinco indivíduos que eram alvo da ação policial conseguiram fugir.

Equipes do BOPE – Batalhão de Operações Especiais, e outras unidades da corporação, seguem fazendo incursões no litoral do estado, visando capturar os foragidos.

HOMICÍDIOS

Desde a deflagração da segunda fase da Operação Rio, no dia 6 de abril, nenhum caso de homicídio ou execução foi registrado no litoral, por conta da guerra entre facções rivais.