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Suspeito de estupro contra jovem em banheiro desativado está solto com uso de tornozeleira eletrônica

Imagens de câmeras de segurança mostram a vítima se recusando, mas ele insiste, a puxando pelo braço e a arrasta para um corredor.

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Foto: Reprodução

A Polícia Civil investiga um crime que chocou toda a cidade de Paranaguá. A vítima, uma jovem de 25 anos, relatou ter sido forçada a ter relações sexuais com um rapaz de 20 anos, após saírem de uma casa de shows, na madrugada de 23 de fevereiro. O suspeito já foi identificado mas está solto, sendo monitorado eletronicamente por determinação da Justiça.

Como ocorreu o crime

Em entrevista para a Folha do Litoral News, a delegada Maluhá Soares, responsável pelo caso, disse que a vítima informou que conhecia o suspeito apenas de redes sociais e da academia que ambos frequentaram em determinado período. Eles não tinham nenhum vínculo próximo e se encontraram no evento por acaso. No local, eles tiveram um breve relacionamento.

Ao fim do show, a jovem manifestou a necessidade de ir ao banheiro. Como o evento já havia terminado e o local estava fechado, o suspeito sugeriu um posto abandonado próximo dali. “Ele disse que conhecia um posto abandonado onde ela poderia ir ao banheiro. Eles foram até lá e, chegando ao local, ele forçou a vítima a ter relações sexuais sem consentimento”, relatou a delegada.

Imagens de câmeras de segurança mostram a vítima se recusando a acompanhá-lo, mas ele insiste, a puxando pelo braço e a arrasta para um corredor. “As imagens captam até mesmo o áudio, onde a vítima deixa claro que não quer ir, mas ele continua insistindo e a leva à força”, acrescentou Maluhá Soares.

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Após o ato, a vítima conseguiu escapar e correu do local. Ela se encontrou com uma amiga que a aguardava do lado de fora da festa e contou o que havia acontecido. O taxista que acompanhava a amiga levou ambas imediatamente à delegacia, onde a denúncia foi registrada.

Procedimentos após a denúncia

Assim que chegou à delegacia, a jovem recebeu orientações para buscar atendimento médico e realizar exames periciais. Ela foi encaminhada ao hospital para tomar os medicamentos profiláticos contra infecções sexualmente transmissíveis e, em seguida, ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames periciais.

Como a vítima não sabia seu nome completo nem endereço do suspeito, a equipe da Polícia Civil iniciou diligências com base no perfil da rede social dele. A identificação do suspeito aconteceu rapidamente, e em menos de 24 horas, os investigadores conseguiram localizá-lo e comunicar a situação ao Poder Judiciário.

Em determinação do Poder Judiciário, o suspeito terá medidas cautelares em vez da prisão, sendo obrigado a usar tornozeleira eletrônica por um período de seis meses. “Ele tem um raio de distância delimitado e deve permanecer dentro desse limite sob monitoramento”, explicou a delegada.

O suspeito já foi ouvido pela polícia e admitiu ter tido relações com a vítima, mas alegou que tudo teria ocorrido de forma consensual. No entanto, a versão da jovem e as imagens das câmeras de segurança contradizem essa versão.

Além disso, o celular do suspeito foi apreendido, pois a vítima relatou que ele teria gravado a situação sem o seu consentimento. “Vamos verificar se essas gravações ainda estão no aparelho e se conseguimos encontrar mais provas da materialidade do crime”, afirmou a delegada.

Estado da vítima e andamento da investigação

A jovem relatou que, apesar do trauma, conseguiu permanecer consciente durante todo o ocorrido. Segundo seu depoimento, ela havia consumido apenas duas cervejas no show e estava lúcida no momento do crime. Ela também afirmou que não sofreu agressões físicas visíveis, mas foi forçada a praticar o ato contra sua vontade.

Agora, a Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais do IML para anexá-los ao inquérito. “Grande parte da investigação já foi realizada. Identificamos o suspeito, colhemos imagens de segurança e ouvimos testemunhas. Agora, estamos apenas aguardando os resultados periciais para finalizar o inquérito”, explicou Maluhá Soares.

O caso segue em investigação, e a Polícia Civil reforça a importância de denunciar crimes dessa natureza para que os responsáveis sejam identificados e punidos.

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Maickon Chemure

Formado em Matemática pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (FAFIPAR) em 2018. Desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2024 como Repórter Policial, além de produções audiovisual. Atua há 16 anos na área de reportagem. Exerce as suas atividades na Folha do Litoral News como coprodutor (PJ).