Duas ações distintas de fiscalização, realizadas por servidores da Receita Federal, no Pátio do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), na manhã desta sexta-feira, 20, resultaram na apreensão de 161 quilos de cocaína.
Diferente das apreensões anteriores, a droga apreendida estava dentro do compartimento que abriga o motor de contêineres refrigerados, que chegaram recentemente do Porto de Antuérpia, na Bélgica.
COVID
Em uma das apreensões, as equipes da Receita Federal recolheram 146 quilos de cocaína. A droga estava dentro de um compartimento, montado na parte dos fundos do contêiner, que transporta carga perecível e necessita de refrigeração permanente. A estrutura estava vazia e foi embarcada no Porto Belga de Antuérpia.
De acordo com a Receita Federal, o entorpecente foi colocado no contêiner em algum terminal portuário da América do Sul e não foi retirado pelos traficantes internacionais no destino final. A hipótese se baseia no fato de que a Bélgica é um país que não produz cocaína e a droga consumida em seu território é importada.
O contêiner carregado com o entorpecente seguiu para pátios e estruturas portuárias europeias até ser novamente colocado em uma embarcação que tinha como destino final, o Porto de Paranaguá, onde foi vistoriado pela Receita Federal.
A inscrição “COVID” que estava em todos os tabletes da droga apreendida chamou atenção dos servidores do órgão federal de fiscalização.
As marcações nos tabletes são utilizadas pelo crime organizado para identificar as facções responsáveis pela remessa da droga.
MÉXICO
A segunda apreensão, realizada pela Receita Federal, recolheu 15 quilos de cocaína. Os tabletes do entorpecente estavam no compartimento externo que abriga o motor da estrutura refrigerada.
O contêiner que estava vazio e receberia uma carga de perus congelados também chegou recentemente da Bélgica. A estrutura seria enviada para um terminal portuário no México.
Como na situação anterior, a droga não foi retirada pelos traficantes no destino final e permaneceu dentro da estrutura.
SCANNER
Todos os contêineres movimentados no terminal portuário paranaense, usados para importação e exportação de mercadorias, passam por vistoria da Receita Federal.
Os servidores utilizaram métodos e equipamentos modernos de fiscalização, além da troca de informações com outros órgãos nacionais e internacionais de inspeção aduaneira, o que possibilita um completo monitoramento do material que é embarcado ou desembarcado no terminal.
Uma das medidas de fiscalização mais eficiente, usada pela Receita Federal, em Paranaguá, e que garante maior agilidade na tramitação de cargas no terminal e ao mesmo tempo impede a ação de criminosos, é o scanner de alta resolução.
O equipamento proporciona uma verificação completa das estruturas e colabora com o trabalho dos servidores federais que tentam evitar o envio e o recebimento de mercadorias e produtos ilegais através das unidades alfandegadas brasileiras.
5.ª APREENSÃO
Foi a quinta apreensão do entorpecente realizada no Terminal de Contêineres de Paranaguá, este ano. Ao todo, foram apreendidos 280 quilos de cocaína.
A droga apreendida foi encaminhada para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, que segue com as investigações.
Veja o vídeo gravado pela Receita Federal no exato momento em que as apreensões eram realizadas em Paranaguá: