Na manhã deste sábado (1º), a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa na Delegacia Cidadã de Matinhos para atualizar as informações sobre o desaparecimento de Sandra Mara da Silva, 49 anos, vista pela última vez no dia 13 de dezembro de 2024, em Pontal do Paraná. Participaram da coletiva os delegados Getúlio de Morais, Rodrigo Brown e Natália Nichel, que destacaram a complexidade do caso e as diligências realizadas até o momento.
Desde o início das buscas, a polícia trabalhou com diversas hipóteses. A princípio, acreditava-se que se tratava de um desaparecimento comum, como outros casos registrados no litoral. No entanto, com o avanço das investigações, surgiram indícios de que Sandra Mara pode ter sido vítima de um crime.

Último sinal do celular e outros indícios
De acordo com os investigadores, as análises de dados técnicos revelaram que o último sinal do celular de Sandra foi registrado dentro de sua casa, no dia 13 de dezembro, às 15h36. A partir desse momento, não houve mais qualquer movimentação do aparelho.
Outro detalhe que chamou a atenção dos policiais foi o desaparecimento da bicicleta de Sandra Mara. O veículo, que ela costumava usar, como por exemplo, para ir ao trabalho, onde foi sua última aparição. Além disso, marcas de sangue foram encontradas dentro da residência, que ainda estão sendo analisadas com mais cautela por parte da perícia.
Durante buscas realizadas na mata, os policiais encontraram um tapete que havia sido dado a Sandra por uma vizinha. Segundo a delegada Natália Nichel, as buscas da última quinta-feira, 27, duraram cerca de oito horas e percorreram aproximadamente cinco quilômetros em um terreno de difícil acesso.
Suspeito preso e novas provas
Com base em provas colhidas ao longo da investigação, a polícia prendeu um suspeito de envolvimento no desaparecimento. O homem, que morava com Sandra Mara, não era considerado suspeito no início do caso, mas, com o avanço das apurações, novos elementos e depoimentos levaram à sua detenção temporária.
Interrogado pelos investigadores, o suspeito deu respostas evasivas, sem confirmar ou negar seu envolvimento. Segundo os delegados, as análises dos celulares da vítima e do investigado foram cruciais para a reviravolta no caso.
Apoio da população e próximos passos
Durante a coletiva, os delegados reforçaram a importância da colaboração da população para a elucidação do desaparecimento. Eles destacaram que algumas testemunhas relataram medo de se expor, mas garantiram que todas as identidades serão mantidas em sigilo.
“As pessoas precisam confiar na polícia. Muitas informações fundamentais chegam por meio de denúncias anônimas. Esse caso é uma prioridade para nós”, afirmou o delegado Getúlio de Morais.
A expectativa da Polícia Civil é que o caso possa ser solucionado nos próximos dias, antes do encerramento da Operação Verão.