A Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Polícia de Antonina, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária do município, resgatou cinco mulheres que eram mantidas em situação de cárcere privado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, localizada em Antonina.
Durante a diligência, foi verificado que uma das vítimas, uma jovem de 22 anos, havia sido mantida trancada em um quarto conhecido como “quarto zero”, utilizado para isolar pacientes que, segundo relatos, “não se comportavam bem”. Há indícios de que, ao notar a chegada da polícia, o gerente da clínica libertou a jovem, tentando ocultar a prática criminosa.
No local foram apreendidas algemas com o homem, utilizadas para conter pacientes nesse ambiente insalubre, sem banheiro, ventilação adequada ou condições mínimas de higiene. A jovem era algemada e forçada a fazer suas necessidades em um balde, o que evidencia grave violação de direitos humanos.
Diante dos fatos, o gerente da clínica, de 34 anos, foi preso em flagrante por cárcere privado. Sua prisão foi homologada pelo Poder Judiciário, e ele permanece preso à disposição da Justiça.
As demais mulheres encontravam-se internadas em desacordo com a legislação, já que faltavam documentos que comprovassem a internação involuntária de acordo com a legislação. As vítimas receberam a devida assistência da rede de assistência social municipal e foram entregues de forma segura às suas famílias.
As investigações seguem em curso para verificar a responsabilidade de outros envolvidos e se há outros fatos irregulares.