Inquérito policial militar é aberto para apurar ocorrência que terminou com dois mortos na Ilha dos Valadares

Um inquérito policial militar foi aberto para apurar uma abordagem realizada no dia 2 de junho, na Vila Rocio, Ilha dos Valadares, em Paranaguá, e que terminou com dois rapazes mortos. A Polícia Militar, através do 9.º Batalhão, realizou uma coletiva de imprensa para explicar os procedimentos adotados pela corporação nesse tipo de  ocorrência. Bruno Costa Pires, de 22 anos, e Pedro Renato da Silva, de 23 anos, alvejados por disparos de arma de fogo, morreram no local. Duas armas de fogo e estojos de munições deflagradas foram apreendidas no local da ocorrência. O capitão Zenildo, da Polícia Militar do Paraná (PMPR), detalhou as providências que já estão sendo adotadas.  

“Em relação a esse caso do Valadares, assim como qualquer outro, envolvendo confronto armado, com resultado ferimentos ou resultado morte, de pronto é iniciada a apuração do fato, de acordo com o que prescreve o Código de Processo Penal Militar, do que prescreve a nossa diretriz interna, esmiúça as providências que devem ser adotadas no local do crime. Então, desde um primeiro momento já começou uma apuração, desde o isolamento do local, com a redação de perícias, apreensão de armas, a oitiva dos policiais em um primeiro momento, a confecção do Boletim de Ocorrência e logo em seguida todo esse material já é encaminhado em um primeiro momento é encaminhado para a Coger e para o Gaeco, do Ministério Público, a quem de pronto toma ciência do fato e logo em seguida o Comandante do Batalhão já determinou a apuração do inquérito policial militar, que vai apurar, circunstanciar tudo o que aconteceu e esse inquérito será remetido à justiça posteriormente com o devido prazo”, disse o Capitão Zenildo.

A Polícia Militar destacou os procedimentos legais que são adotados quando ocorrem situações semelhantes à da Ilha dos Valadares, no dia 2 de junho. “O inquérito está instaurado, já tem oficial designado para o feito e tem um prazo legal de 40 dias, prorrogáveis por mais 20 para concluir as diligências necessárias”, explicou o capitão. “Tudo o que tinha que ser feito, a nível de apuração já foi feito, é um procedimento padrão exigido por lei, então não é um caso específico dessa situação, mas todos os demais merecem o mesmo tratamento. Em que pese aos familiares alegarem isso ou aquilo, o nosso procedimento é padrão, aquele que quiser prestar seu depoimento está livre para se apresentar, mas todos os envolvidos serão ouvidos no seu devido tempo, de acordo com o desenrolar das diligências”, completou.

Além do procedimento interno da Polícia Militar, o mesmo é acompanhado pelo Ministério Público e pelo Gaeco, que são comunicados imediatamente a partir do fato. “Nós temos um rigoroso controle externo, a efeito do Ministério Público, e interno, feito pela Corregedoria, então nosso trabalho tem que ser muito minucioso, muito técnico, para que não reste dúvidas da legalidade da ação e também não sobre responsabilidades criminais ou administrativas aos policiais envolvidos, tudo é levado com muita seriedade, não se age de maneira clandestina. Tudo é muito bem feito, principalmente o isolamento do local, que é muito importante, que em tese tenha vazado algumas imagens indevidas do local, mas esse isolamento primário é importante para que a própria Polícia Científica possa registrar com é que de fato aconteceu essa ocorrência. E depois, claro, tem todas as outras investigações, mas visa a corroborar o que de fato foi relatado pelos policiais ali no momento da ocorrência”, relatou.

Além dos dois mortos na ação policial, um terceiro indivíduo foi abordado pelas equipes. “ O indivíduo foi colaborativo, se entregou, obedeceu às ordens dos policiais e foi encaminhado para a delegacia. Os outros dois infelizmente optaram por outra opção, faz parte do serviço policial. O policial não escolhe a situação, quem escolhe acaba sempre sendo o suspeito”, finalizou.