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Polícia

Crimes que comoveram Paranaguá são esclarecidos pela Polícia Civil

Delegado detalha investigações sobre morte de empresário

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A Polícia Civil em Paranaguá chegou, nesta semana, à resolução de dois crimes que comoveram a cidade. O primeiro trata-se da morte do comerciante Alessandro Farias Rainete, em seu local de trabalho, no dia 21 de abril, com grande repercussão no município. Assim como o segundo caso, ocorrido em fevereiro no bairro Porto dos Padres, quando um feto foi encontrado no forro de uma residência.

Morte do comerciante

A Polícia Civil já cumpriu os mandados de prisão expedidos em desfavor de Josias Cardoso da Silva, vulgo “Territe”, de 28 anos, e Adolfo Luiz dos Santos, de 27, responsáveis pela morte do comerciante em sua panificadora. O crime ocorreu quando a vítima trabalhava em frente à mãe.

Quem explicou o caso foi o delegado chefe em Paranaguá, Rogério Martin de Castro. “Foi um trabalho extenso de investigação, não apenas para identificar os responsáveis pela morte do comerciante. As investigações ocorreram no sentido de diagnosticar os autores como provas que apontassem que essas pessoas seriam realmente os autores deste crime. Com a inclusão de filmagens, documentos, inclusive do veículo que utilizaram, um trabalho muito extenso. Com o apoio da população conseguimos identificá-los, reunir provas, fazer o pedido de prisão e agora o mandado de prisão foi cumprido e eles estão à disposição da justiça”, esclareceu.

Segundo o delegado, os dois autores têm uma extensa ficha criminal. “O primeiro foi preso em um sítio na divisa entre Morretes e Paranaguá, onde estava escondido. Junto com ele havia uma porção de droga, ele já responde a 12 processos e esse é 13.º. O segundo foi preso na noite de quarta-feira, 8, e também já responde a oito processos criminais, nada de ilícito foi encontrado, ele foi levado à delegacia para ser ouvido e encaminhado à cadeia pública”, ressaltou Dr. Rogério.

“O caso chamou muito nossa atenção, comoveu a cidade e com razão. O comerciante foi morto na frente da própria mãe. A gente verifica que Paranaguá tem um grande número de homicídios, mas mais de 90% deles são relacionados ao tráfico de drogas. Nesse caso não, foi morto um comerciante, que estava trabalhando”, afirmou o delegado.

“O empenho da polícia junto à população foi fundamental para que os autores fossem presos”, destacou o delegado chefe, Rogério Martin de Castro

Crime de aborto

Outro caso que comoveu a população em Paranaguá neste ano foi o achado de um feto em uma residência no bairro Porto dos Padres, no dia 19 de fevereiro. “Uma pessoa que estava na casa sentiu um forte cheiro e percebeu que havia sangue escorrendo do forro pela parede. A polícia deu atendimento ao local e os investigadores fizeram a averiguação preliminar. O feto foi encontrado em uma sacola, algo que também causa esse tipo de comoção. Neste caso, todas as investigações levavam a um caminho, uma pessoa foi trazida até a delegacia e negou a prática do crime, mas nós necessitávamos de uma prova cabal. Chegou a nosso conhecimento há poucos dias o exame de DNA que comprovou que a pessoa que estava sendo apontada era a mãe da criança e autora do aborto”, contou o delegado.

Neste caso, a mulher apontada será intimada novamente para depor. “Ela será questionada sobre o resultado do laudo, que a aponta como sendo 399 mil vezes mais a mãe do que qualquer outra mulher. Portanto, é a prova de que precisávamos e mostra que foi ela que praticou o crime de aborto, apesar de toda negativa. O processo será concluído após a oitiva dela e ela responderá pelo crime de aborto. A pena máxima é de três anos. O exame comprovou que o feto não chegou a nascer, a gestação foi interrompida”, acrescentou Dr. Rogério.

Segundo ele, foram cinco meses de trabalho de investigação e não existe prova mais contundente do que esta para que ela responda e seja punida. O delegado ainda salientou a importância da participação da comunidade para a solução dos crimes.

“Quase sempre o trabalho positivo de investigação começa a partir de informações sejam pessoalmente na delegacia. Primeiro temos os indícios de autoria e, a partir dessa informação dada pela população que nós vamos buscar provas. Para nós não interessa que o denunciante seja a prova de quem cometeu o crime, mas a gente sabendo quem praticou, buscamos outras provas, usamos métodos científicos e tradicionais para provar realmente que foi aquela pessoa a autora dos crimes.”, finalizou o delegado.

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