O Governo do Paraná iniciou o processo de seleção de policiais militares da reserva que vão participar da primeira etapa do programa Escola Segura. Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior, na última semana, o programa é uma parceria entre as secretarias da Educação e da Segurança Pública e prevê a presença de policiais nas escolas estaduais, além de outras ações de prevenção para reforçar a proteção de alunos, pais e funcionários.
Os interessados têm até o dia 30 de março para fazer a inscrição. Os primeiros municípios a receberem o Escola Segura serão Londrina e Foz do Iguaçu. Na sequência, serão ofertadas vagas para a Região Metropolitana de Curitiba.
“Antes mesmo da posse, já havíamos definido que a segurança nas escolas seria uma das prioridades da nossa gestão”, afirma o governador. “Esta é uma condição básica para que os nossos alunos possam ter tranquilidade para estudar, para que seus pais fiquem tranquilos e nossos professores não se sintam inseguros no ambiente de trabalho.”
ANTECIPADO
O programa, que seria lançado em maio, foi antecipado em função da tragédia ocorrida na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), no dia 13 de março. “Tomamos a decisão de adiantar o cronograma para dar uma resposta rápida e firme ao que ocorreu em Suzano”, afirma Ratinho Júnior.
O governador prevê que esta primeira etapa comece ainda em abril e explica que serão priorizadas as escolas localizadas em bairros mais vulneráveis.
VISITA A ESCOLAS
O chefe da Casa Civil, Guto Silva, esteve na sexta-feira, 22, em escolas de Foz do Iguaçu que deverão participar da primeira etapa do programa. Ele destacou a união de ações de segurança, pedagógicas e de apoio à comunidade escolar.
“O Escola Segura estabelece procedimentos que englobam várias questões que preocupam a todos, como venda e consumo de drogas e bullying e é um apoio importante para a vigilância do entorno dos colégios”, explica. Silva acrescenta que a Defesa Civil também terá participação no programa e será responsável por treinar a equipe escolar e os policiais na prevenção de situações de crise e calamidade.
PREPARAÇÃO
Para o secretário de Educação, Renato Feder, outro ponto forte é a integração entre a equipe gestora das escolas e os policiais, que trabalharão em conjunto na prevenção e mediação de conflitos.
“Vamos orientar as equipes gestoras para que realizem um trabalho de conscientização junto aos estudantes e a Secretaria da Educação vai preparar um material informativo para orientação e prevenção para as escolas”, informa. Também que serão realizadas ações preventivas no entorno das escolas.
ORIENTAÇÃO ESPECIAL
Os policiais militares selecionados pelo programa receberão uma orientação especial para atuar no ambiente escolar. Será realizada uma capacitação de 21 horas para o trabalho junto às escolas. “Eles atuarão como vigias da escola e também serão peças importantes, devido a sua experiência, para identificar comportamentos agressivos, evitar bullying, trabalhar na prevenção às drogas e fazer o monitoramento focado na segurança do ambiente escolar e do seu entorno”, explica o secretário de Segurança Pública, Luiz Felipe Carbonell.
Carbonell acrescenta que os policiais também farão a prevenção de possíveis perturbações ou atentados contra os prédios dos estabelecimentos.
CRONOGRAMA
O Paraná conta com 2.143 escolas estaduais. Mas a decisão de aderir ao programa será da direção da unidade em conjunto com a comunidade escolar.
A Secretaria da Educação fará a seleção das escolas que aderirem ao projeto. Entre os critérios técnicos de escolha estão localização, número de estudantes matriculados e funcionamento em três turnos.
O piloto terá a duração de cinco meses e vai envolver até 200 policiais militares da reserva. Ao final deste prazo, o governo vai avaliar o modelo adotado e a sua expansão.
O investimento inicial nesta etapa será de R$ 5 milhões, recursos que serão utilizados para o pagamento das diárias dos policiais e aquisição de armas, coletes e demais equipamentos de segurança.
Confira aqui os principais pontos do programa
– Escola Segura é um programa do Governo do Paraná realizado em parceria pelas secretarias da Educação e da Segurança.
– Objetivo é reforçar a proteção de alunos, funcionários da Educação e pais nas escolas estaduais e no seu entorno.
– Policiais militares da reserva serão selecionados para fazer a vigilância do ambiente escolar e atuar na prevenção da violência, depredação dos prédios, combate às drogas e ao bullyng.
– O Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária vai coordenar a atuação dos policiais (pelo menos dois por escola, que irão se revezar nos turnos das aulas).
– O projeto-piloto começa em Londrina e Foz do Iguaçu e, na sequência, vai abranger também a Região Metropolitana de Curitiba.
– Serão priorizadas as escolas com mais vulnerabilidade.
– As inscrições para as 74 vagas de Londrina e 46 de Foz do Iguaçu vão até 30 de março e os selecionados serão chamados para treinamento e para assumir seus postos em 20 de abril. A RMC será a próxima a abrir inscrições.
– Quem pode se inscrever: soldados da PM que estão na reserva há dois anos, pelo menos. É necessário ter porte de arma vigente.
– Quem não pode participar: militares reformados e policiais com condenação ou denúncia criminal.
– A seleção inclui testes físicos e de aptidão mental.
– Os aprovados passarão por treinamento de 20 horas para atuar no ambiente escolar e receberão R$ 113 por dia de trabalho.
– O projeto-piloto vai durar cinco meses e envolver até 200 policiais. Após este período, o governo vai avaliar os resultados e a ampliação do projeto.
– O investimento nesta primeira etapa é de R$ 5 milhões (diárias e equipamentos).
– O programa contará com o suporte de unidades móveis da PM e integração com o serviço de inteligência da área de segurança.
– Também terá o apoio da Defesa Civil, que vai oferecer treinamento para prevenção e enfrentamento de situações de crise e calamidade.
– A decisão de aderir ao programa é da direção de cada escola em conjunto com a comunidade escolar.
– A seleção das unidades que vão participar do piloto terá critérios como localização, número de estudantes e de turnos de aulas.
– Os policiais selecionados trabalharão integrados com diretores e professores nas escolas.
– A Secretaria de Educação vai preparar o corpo pedagógico e editar material de orientação para professores, alunos e pais.
AEN
Foto: Geraldo Bubniak/ ANPR