Polícia

Assalto a banco ainda causa transtornos e medo entre a população de Guaraqueçaba

Caixas eletrônicos foram explodidos no banco, causando pânico na população

O assalto ao banco Itaú em Guaraqueçaba, ocorrido na madrugada de quarta-feira, 10, causou momentos de pânico entre os cerca de 10 mil habitantes da pacata cidade do litoral, com explosão de dois caixas eletrônicos efetuada por uma quadrilha, além de fuga conturbada com dinheiro e carro roubado e confronto com a Polícia Militar. Após dois dias da ocorrência, na sexta-feira, 12, o fato continuava causando transtornos e medo entre a população. Comerciantes e moradores relatam que o principal efeito causado é a ausência de serviço bancário, visto que os caixas eletrônicos que explodiram eram os únicos que ficavam abertos após horário comercial no município
No mesmo dia da ocorrência, a PM prendeu Thais Barbosa da Silva, de 25 anos, na área rural de Guaraqueçaba, a qual é suspeita de ter participado do assalto ao banco, sendo flagrada com dinheiro, munições de armas de grosso calibre e objetos balísticos apreendidos no sítio onde ela estava. O crime, que ocorreu em plena madrugada, causou pânico entre os populares, em virtude das explosões e dos tiros na cidade de Guaraqueçaba. Não bastando isso, os fugitivos fizeram reféns cidadãos e turistas, usando-os como escudo humano, confrontando a PM com tiros na fuga, abandonando ou explodindo veículos usados para fugirem pela PR-405. 

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“Por ser o principal banco da cidade, a sua inutilização afetou tanto as vendas, por falta de dinheiro circulando, bem como o pagamento dos fornecedores, sendo necessário ir até Paranaguá para realizar as operações bancárias”, explica Roberto Heidmann, comerciante da Pizzaria Marchiori´s em Guaraqueçaba, demonstrando que o assalto causou efeito imediato nos ganhos do comércio neste início de 2018. “Acredito que falta material para que a PM possa atuar em nível de igualdade com os criminosos que por ventura venham a cometer crimes parecidos”, defende o comerciante.

Segundo Heidmann, a PM em Guaraqueçaba teria problemas estruturais com as viaturas, pedindo para que haja mais investimento no município no setor de segurança. “Não há racionalidade em querer que a Polícia Militar de Guaraqueçaba enfrente criminosos armados com fuzis dispondo apenas de pistolas”, afirma.

“A falta de segurança em Guaraqueçaba está assustando a todos”, afirma a professora Morgana Corrêa, moradora na cidade que em plena madrugada, durante a ocorrência do assalto, relatava em seu perfil o medo que a população de Guaraqueçaba estava passando, ouvindo barulho de explosões e tiros, sem saber do que se tratava inicialmente. “É muita audácia desta gente. A quadrilha que invadiu nossa cidade veio pronta para matar ou morrer. Os sons horríveis dos tiros e das explosões eram para amedrontar a população”, complementa. 

 

MAIS DOIS SUSPEITOS PRESOS

Além de Thais Barbosa da Silva, principal suspeita presa pela PM, a força-tarefa da Ronda Ostensiva Motorizada (Rotam) e da Força Verde do Batalhão da Polícia Ambiental, sob coordenação do 9.º Batalhão da PM do Litoral e da operação Verão Paraná 2017/2018, anunciou na quinta-feira, 11, que conseguiu prender mais dois suspeitos pelo crime no mesmo sítio onde a mulher de 25 anos foi encontrada na quarta-feira, 10.

“O caseiro do sítio foi abordado e encaminhado como testemunha. Em seguida, uma mulher, de 40 anos, foi encontrada em uma mata próxima, sendo levada à delegacia. Ao todo, foram apreendidos um veículo Eco Sport, munições, notas rasgadas e demais objetos”, informa a PM, demonstrando que três pessoas com possível envolvimento no assalto estão sendo investigadas pelas autoridades e podem dar pistas do paradeiro do restante da quadrilha.

Fotos: Reprodução WhatsApp

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