De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitorado jovem pode decidir os resultados das eleições municipais deste ano no Brasil. A faixa etária de 16 a 29 anos corresponde a 27% do eleitorado nacional. Em Paranaguá, são 16.256 jovens de 16 a 24 anos aptos a votar nessas eleições. Muitos vão votar pela primeira vez no dia 2 de outubro e poderão participar do processo democrático ajudando a eleger aquele candidato que acredita ser o melhor para o seu município.
Quem possui de 16 a 18 anos não é obrigado a votar, mas muitos fazem questão de exercer o seu direito garantido pela Constituição. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País tem, em média, 51 milhões de jovens de 15 a 29 anos, o que representa um quarto da população. Além disso, mais de 75% desse público está apto a votar neste ano, segundo o TSE, que apontou ainda que aqueles da faixa etária entre 25 e 29 anos representam 10,83% do eleitorado; de 21 a 24 anos, 8,71% e de 16 a 20 anos, 7,45%.
EXPECTATIVA
O estudante do 3.º ano de Técnico em Portos, Lucas Grigoletti, de 17 anos, irá votar pela primeira vez neste ano e revelou suas expectativas. “Espero que com a eleição algo aconteça na nossa cidade, porque acredito que a prefeitura não é algo que esteja funcionando hoje em beneficio da população. Está estagnada, por isso esperamos ter uma visão melhor da nossa cidade”, acredita.
O estudante Lucas Gonçallo, do 2.º ano do Ensino Médio, também ficará frente às urnas pela primeira vez neste ano para ajudar a decidir pelo novo prefeito e vereadores. “Espero que seja uma boa experiência, estou pesquisando sobre os candidatos a prefeito e vereador que conheço, alguns já conheço o trabalho e espero votar com consciência”, disse Gonçallo.
Observar os problemas da cidade e suas possíveis soluções também é um exercício para Gonçallo decidir seu voto. “A gente viu que a cidade teve uma grande epidemia de dengue, as ações começaram a surgir mais para o final. A área da saúde é uma das que merecem mais investimento, porque é uma coisa que afeta muito a população”.
ESCOLHA DO CANDIDATO
A escolha do candidato, para o estudante Lucas Grigoletti, precisa ser feita com calma, por meio da análise de cada um deles, das suas propostas e do que já fizeram na política. “Ainda não escolhi meu candidato, ainda estou estudando os planos de governo. Eu costumo prestar mais atenção nas propostas de saúde, educação e segurança”, analisou.
A falta de interesse da população em conhecer mais sobre os projetos de governo dos candidatos foi citada por Grigoletti. “As pessoas esquecem que existem os projetos dos candidatos e que todos podem ter acesso a isso. Eles assinam esses projetos quando se candidatam se comprometendo a cumprir, mas a população esquece e quanto mais propostas viáveis para nossa cidade e mais engajados sejam, mais acertada será minha decisão”, afirmou.
Pelo que tem observado no seu dia a dia, Grigoletti disse que os jovens estão mais dispostos a participar das eleições, mas que ainda existe uma parcela que desconhece os reais objetivos das manifestações que têm atraído o público.“Acredito que os jovens estão acordando para a política. O jovem vê a política, luta, mas muitos não sabem por que estão lutando. Vemos bastante engajamento, mas falta liderança para guiar os jovens, hoje em dia, para termos mais resultados positivos”, declarou.
Lucas Gonçallo acrescentou que votar com consciência resulta em benefícios para a população nos próximos anos. “Estamos vendo como está a cidade e temos que ter consciência de quem iremos colocar para governar por mais quatro anos. Isso vai refletir na nossa vida e nosso dia a dia”, frisou o estudante.