Aproximadamente 40 moradores no bairro do Rocio tiveram que se ausentar de suas casas no domingo, 16, em consequência ao vazamento de nafta ocorrido no último dia 9 de abril, que tem como responsável pela operação a empresa Terin.
Desde o dia do vazamento, seis famílias já haviam saído de suas casas e ainda não retornaram.
Uma das principais reclamações dos moradores é que eles estão sem assistência por parte da empresa, como relata a moradora Cleusa Lopes, que mora no bairro há 22 anos. Ela explicou os fatos e que ainda tem seis famílias que não retornaram às suas residências.
“São seis famílias que estão fora de casa desde o dia 9 de abril, dia do ocorrido, e não sabemos quando elas vão voltar. Na verdade, estão na casa de parentes, e ainda não foram acolhidos pela empresa. Já as casas aqui embaixo, que foi a parte mais afetada agora, são mais seis casas. Nós tivemos que sair de casa no domingo por volta das 14h e retornamos na segunda-feira. A gente sempre sente cheiros diferentes, sempre estamos com dor de cabeça, ou algum problema de saúde referente a cheiros fortes, mas até agora a empresa não veio aqui falar com ninguém”, enfatiza a moradora.
Questionada se os moradores foram procurados pela empresa, ela afirma que ainda não. “Negativo. A empresa nem apareceu aqui, e quem está atendendo a gente no momento é a Defesa Civil. Agora da empresa não veio ninguém atender a gente. Até para ter ideia ontem, os moradores ficaram das 14h às 19h30 sem nenhum café, sem nada. Tinha pessoas de cadeira de rodas, eu estava com meus dois netos, um de oito anos e um de oito meses e tinha uma senhora que é cadeirante, que é vizinha minha e também, vários idosos, sem assistência nenhuma”, destacou. “Nós esperamos que a empresa venha até nós para estar vendo a indenização, pois é muito difícil morar aqui. Na verdade, a gente tem medo, muito medo. Para se ter uma ideia, após alguns dias de todo fato ocorrido choveu e o cheiro era muito forte e 5 horas da manhã a gente estava se arrumando para sair de casa de novo. A gente não quer mais viver com este medo e esperamos de verdade que a empresa venha até nós para ver a possibilidade de indenização”, finaliza Cleuza.
A moradora, que desde o domingo está à frente das conversas, informa que os moradores aguardam ansiosos a reunião com a empresa, para que se definam algumas questões sobre a permanência deles em alguns destes imóveis.