A Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) emitiu uma nota com um alerta sobre a formação de ondas de 4 a 7 metros na área costeira do Paraná. Na área oceânica, a previsão é de ondas entre 3 e 4 metros até o próximo domingo. Além disso, estão previstas rajadas de vento entre 50 e 75 km/hora.
O aviso é do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), que prevê também ressaca atingindo a região entre Laguna, em Santa Catarina, e São Sebastião, em São Paulo, passando pelo Paraná, com ondas de 2,5 a 3,5 metros.
A orientação da Capitania dos Portos é para que todos os navegadores e condutores de embarcações menores, como as utilizadas para pesca, para que evitem a navegação nas áreas indicadas, devido às ondas e ao vento. “A Capitania lembra sobre a importância de todos cumprirem as normas de segurança e possuírem todos os itens de salvatagem, como coletes salva-vidas, boias e sinalizadores, além de manterem equipamentos de comunicação em ordem e informarem sobre seus destinos e o percurso que farão antes de saírem com suas embarcações”, orientou.
OPINIÃO
O marinheiro Luan Mendes Dina, que trabalha com embarcação para Guaraqueçaba, afirmou que quando é percebido que não há condições de navegar procura uma área segura ou deixa de fazer o trajeto. “Quando recebemos um aviso da Marinha, verificamos se há trovoadas se formando ou se há formação de ventos fortes, costumamos nos abrigar. Costumamos ficar atentos a esses comunicados que recebemos via rádio. A Capitania avisa e já ficamos mais atentos”, relatou.
Nestes casos, Luan afirma que há passageiros que evitam embarcar por medo do mau tempo que podem enfrentar no percurso de 2h15 a 2h30 para Guaraqueçaba.
De acordo com o marinheiro de táxi náutico, Gabriel Santana da Silva, se o alerta emitido pela Capitania ocorrer para dentro da baía, o trabalho será prejudicado. “O jeito é esperar passar, pois a gente só navega quando dá, depende muito de maré, mas por enquanto está tranquilo”, disse. “Normalmente nesta época costumamos ver trovoadas, mas depois de 15 minutos já limpa o tempo e o mar fica igual a uma lagoa”, observou. O também marinheiro Antonio Martins Galdino enfatizou que após esses alertas, o melhor é não arriscar. “Neste caso, não dá para sair”, frisou.