Na terça-feira, 27, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), realizou a soltura de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), que foi encontrada na Ilha do Superagui, com corpo com sanguessugas e epibiontes, sem nadadeiras do lado direito e com sinais de mordidade de tubarão. O animal foi devolvido à natureza na Ilha de Palmas, em Paranaguá, próximo à Ilha do Mel, por equipes do LEC, em local produtivo, bem adaptado, mesmo sem parte das nadadeiras, nadando e comendo bem.
A tartaruga foi nomeada como “CC02” e, de acordo com o LEC, teve que passar por uma história de superação. “Ela foi encontrada com o corpo repleto de sanguessugas e epibiontes (algas e cracas inofensivas que se fixam na carapaça da tartaruga), sem as nadadeiras do lado direito (superior e inferior) e com sinais de mordida de tubarão na nadadeira inferior esquerda. ossa equipe resgatou a tartaruga na Ilha de Superagui, quando a monitora de campo, Laís Campos, atendeu o acionamento realizado pela comunidade. O animal foi transferido ao Centro de Reabilitação da UFPR em Pontal do Sul para atendimento”, complementa.
A equipe multidisciplinar do LEC, via PMP-BS, efetuou todos os procedimentos necessários para recuperar a saúde do animal. “A tartaruga apresentou melhora assim que a reabilitação começou e se adaptou bem a ausência das nadadeiras, nadando e comendo bem”, acrescenta.
De acordo com a bióloga e coordenadora do PMP-BS/LEC-UFPR Camila Domit (@cadomit), a tartaruga foi exemplo de recuperação, devido a ela manter “a energia para se recuperar e se adaptar à nova condição”.
Ela foi solta na terça-feira, 27, na região próximo à Ilha de Palmas, no litoral paranaense, sendo toda a soltura acompanhada pela” equipe de técnicos de monitoramento @camilo_s_carrasco, @niniquimba, pela veterinária @carolvete, pela jornalista @anaistschuk e pela bióloga coordenadora do PMP-BS na UFPR @cadomit”, complementa o LEC. “A soltura foi feita diretamente na água por causa da dificuldade de deslocamento que a tartaruga teria na areia devido a ausência das nadadeiras”, ressalta a assessoria.
“Este animal passou por muitos desafios para garantir sua sobrevivência e optamos por soltá-la no mar, em um local mais protegido e produtivo, buscando as melhores condições para que sua história de superação continue com sucesso”, afirma Camila Domit.
PMP-BS
O PMP-BS é uma atividade que é desenvolvida no litoral do Paraná para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. “Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos”, detalha.
“O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O LEC/UFPR monitora o Trecho 6 (Paraná), compreendido entre os municípios de Guaratuba e Guaraqueçaba”, informa a assessoria.
O que fazer ao encontrar animais marinhos
“Ao encontrar animais marinhos debilitados ou mortos nas praias paranaenses é possível acionar a equipe do PMP-BS/Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR pelo 0800 642 33 41 ou pelo WhatsApp (41) 9 92138746”, finaliza o LEC.
Com informações do LEC/UFPR