Após resgate, duas gaivotas são recuperadas pelo LEC e soltas no litoral

Em dezembro, equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC-UFPR), localizado no campus avançado Centro de Estudos do Mar (CEM), no balneário Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), realizou a soltura de duas gaivotas (Larus dominicanus). Os animais haviam sido resgatados em 4 de dezembro com um quadro compatível com uma intoxicação por bactéria conhecida como botulismo, sendo recuperados e devolvidos à natureza.

Segundo o LEC, botulismo “é uma doença decorrente da ingestão de toxina botulínica que pode acometer aves de qualquer espécie”, acrescenta. “O agente causador do botulismo é a bactéria Clostridium botulinum. A doença pode ser caracterizada por prostração (abatimento), paralisia e morte”, detalha a assessoria, ressaltando que as aves geralmente se intoxicam ao ingerir alimentos em decomposição como o lixo deixado nas praias ou água contaminada.

“As aves passaram pelo Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha (CReD) – localizado em Pontal do Paraná e coordenado pelo LEC-UFPR, onde se recuperaram muito bem, apesar do quadro grave na entrada da internação. Essa espécie se distribui amplamente pelo hemisfério sul, ocorrendo na costa sul-americana, ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul, Orcadas do Sul e Shetland do Sul, África e Nova Zelândia”, informa o Laboratório.

De acordo com o LEC, no Brasil as gaivotas Larus dominicanus são registradas desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. “Além disso, é a única gaivota de ocorrência constante no Brasil e pode chegar próximo de 60 centímetros de comprimento”, complementa.

PMP-BS

“A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. No estado do Paraná, Trecho 6, essa condicionante é realizada pela equipe LEC/UFPR”, ressalta a assessoria.

“Ao encontrar animais marinhos debilitados ou mortos nas praias paranaenses, acione a equipe do PMP-BS/Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) pelo 0800 642 33 41”, finaliza o LEC. 

Com informações do LEC/PMP-BS