Meio Ambiente

Adapar suspende temporariamente a comercialização de ostras em Guaratuba

Medida foi tomada após a detecção de ficotoxina acima do limite permitido

A interdição será mantida até que dois testes laboratoriais consecutivos apresentem resultados dentro do limite permitido (Foto: Reprodução/Prefeitura de Guaratuba)

A interdição será mantida até que dois testes laboratoriais consecutivos apresentem resultados dentro do limite permitido (Foto: Reprodução/Prefeitura de Guaratuba)

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) anunciou, na segunda-feira, 31, a interdição temporária da retirada de moluscos bivalves, como ostras, mexilhões e berbigões, em áreas de cultivo e extrativistas no município de Guaratuba. A medida foi adotada após exames laboratoriais detectarem a presença da ficotoxina ácido ocadáico (DSP – Diarrhoeic Shellfish Poisoning) acima do limite permitido pela legislação federal.

Segundo a Nota Técnica divulgada pela agência, os exames laboratoriais apontaram um índice de 181,2 µg/kg da substância, sendo que o máximo permitido para consumo humano é de 160 µg/kg. 

“Diante disso, a Adapar suspendeu a retirada e comercialização dos moluscos da região, visando garantir a segurança alimentar da população”, informou.

A interdição será mantida até que dois testes laboratoriais consecutivos apresentem resultados dentro do limite permitido. Para monitorar a evolução do quadro, novas coletas estão programadas para ainda esta semana. Caso os resultados indiquem níveis seguros da ficotoxina, a liberação do cultivo será reavaliada.

O Departamento de Saúde Animal (DESA) da Adapar, informou que a área de produção de ostras historicamente mantém excelentes padrões sanitários, e o episódio atual é considerado pontual.

Caso os resultados indiquem níveis seguros da ficotoxina, a liberação do cultivo será reavaliada (Foto: Reprodução/Prefeitura de Guaratuba)
Caso os resultados indiquem níveis seguros da ficotoxina, a liberação do cultivo será reavaliada (Foto: Reprodução/Prefeitura de Guaratuba)

O que é a substância encontrada em ostras em Guaratuba

A substância, chamada ficotoxina ácido ocadáico, é produzida por microalgas marinhas que servem de alimento para os moluscos. Ainda que ela não cause mal às ostras e mexilhões, elas podem provocar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia nas pessoas que consomem. O monitoramento é feito a cada três dias. Nesse caso, a Adapar orienta aos consumidores que procurem atendimento na unidade de saúde mais próxima e realizem a notificação à Vigilância Epidemiológica ou à Vigilância Sanitária municipal.

Maré Vermelha

Os primeiros sinais da proliferação excessiva das algas produtoras da toxina é a mudança da coloração do mar, que fica avermelhado. O fenômeno, que é temporário, pode ser causado por mudanças nas correntes marítimas e das condições climáticas.

Com informações da Adapar

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Elano Squenine

Estudante de Jornalismo desde 2025 pela Uningá, Elano Squenine atuou como repórter, pauteiro e produtor em uma emissora de rádio. Atualmente, ele exerce suas funções na Folha do Litoral News como coprodutor (MEI).