Uma alternativa tem sido aplicada para o desenvolvimento regional de micro e pequenas empresas e gerado resultados positivos, o Compra Paraná, desenvolvido pelo Sebrae. O programa Compra Londrina, por exemplo, tem cerca de 300 licitações ao ano, gerou R$ 82,6 milhões para empresas no município, além de 166 contratos em 2020.
Desta forma, as compras públicas podem aquecer a economia local, incentivando e capacitando empresas locais para participar de licitações e pregões eletrônicos, por exemplo. Assim como em Londrina, este pode ser um instrumento de desenvolvimento regional no litoral do Paraná.
Sebrae
O empresário Fernando Moraes, presidente do Conselho do Sebrae PR e da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e coordenador do G7, avaliou a implantação do programa.
“Temos um trabalho bem feito no litoral, logicamente precisamos melhorar sempre, temos espaço para ampliar a atuação e crescer. Com a implantação do Comitê Territorial de Desenvolvimento do Litoral vai melhorar bastante. Fizemos um estudo sobre o que precisa ser feito e acredito muito no Compra Paraná, que faz os municípios comprarem dentro da cidade. Venho de Londrina, que é um exemplo nessa ideia, o prefeito e o comprador acreditaram muito nisso e o Sebrae faz um papel muito bem feito que é capacitar todos a fazer as compras, pois é mais trabalhoso, mas muito gratificante porque o dinheiro fica na cidade”, disse Moraes.
Segundo ele, com o Compra Paraná, o dinheiro roda até oito vezes dentro da cidade.
“Por isso é um ganho muito grande para a região se as prefeituras começarem a se dedicar a comprar na cidade. E não só a prefeitura, mas também o porto e os empresários”, analisou Moraes.
O presidente do Conselho do Sebrae PR destacou as vantagens do Compra Paraná e o papel do Sebrae nesse processo. “Imaginando como um comprador, adquirindo um volume maior, terá um poder de compra melhor, mas se pensarmos de um outro lado, se fracionarmos e comprarmos na cidade, se economiza com o frete, compra de empresas menores que estão em uma situação tributária do simples, do MEI e do micro, terá menos impostos e mais competitividade. Esse é o papel do Sebrae, abrir o leque para o comprador para que entenda que não é só o menor preço. Com certeza, há muitas vantagens”, afirmou Moraes.
De acordo com ele, para começar é preciso apoio do poder executivo dos municípios do litoral. “O primeiro passo é o executivo acreditar, algo que o Sebrae está fazendo, assim como o Comitê, já que este é um dos temas que serão trabalhados. Certamente, isso vai acontecer e vamos colher muitos frutos”, finalizou Moraes.