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Litoral

Calamidade pública é decretada em Guaratuba devido às contínuas falhas do serviço de travessia marítima

Notificação será entregue à empresa exigindo cumprimento de obrigações

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Na terça-feira, 13, uma balsa que realiza a travessia da baía de Guaratuba apresentou problemas mecânicos, ficando à deriva, parando em um banco de areia e tendo que ser rebocada por um ferry boat durante cerca de 40 minutos, com normalização do serviço só ao fim da tarde. A situação foi divulgada por usuários nas redes sociais, gerando uma cobrança à empresa BR Travessias, responsável pelo serviço de travessia marítima no município, tanto pelo incidente, quanto pelas filas de veículos ocorridas nos últimos dias. No fim da tarde de quarta-feira, 14, o prefeito Roberto Justus se pronunciou sobre o incidente, criticando o serviço prestado pela empresa, exigindo melhorias e decretando estado de calamidade pública em Guaratuba.

“O decreto que acabo de assinar apenas formaliza uma situação que todos nós guaratubanos e as pessoas que frequentam a nossa cidade estamos constatando há várias semanas, o real  estado de calamidade pública em que se encontra o serviço de travessia marítima sob a baía de Guaratuba. Aquilo que em um primeiro momento poderia parecer apenas um dissabor em razão dos atrasos nas filas extrapola todos os limites, oferecendo risco à integridade física dos usuários”, afirma o prefeito Roberto Justus em transmissão divulgada nas redes sociais da Prefeitura, argumentando que a atual empresa que opera o Ferry Boat de Guaratuba está cometendo erros sucessivos.

Prefeito Roberto Justus fixou prazo de 48 horas para o cumprimento desta notificação, “sob pena de tomarmos todas as medidas cabíveis, inclusive, se necessário, a determinação da suspensão das atividades prestadas pela empresa”, acrescenta

Justus afirma a necessidade de decretar estado de calamidade pública para que o serviço prestado na travessia não continue apresentando falhas, ressaltando a ocorrência de balsas à deriva e encalhadas na baía. “Tivemos a sorte, inclusive, que essas balsas tenham sido empurradas para as águas internas da baía, mas não podemos contar com isso para todas as situações, sendo que, se a balsa fosse levada para as águas externas, para a nossa barra, o alto-mar, muito provavelmente poderíamos estar enfrentando uma grande tragédia, um naufrágio, quem sabe até com mortes”, ressalta.

“O decreto de calamidade pública vem justamente para que possamos ter liberdade e mais condições de tomar medidas mais severas como, por exemplo, a notificação que entregamos a pouco para a empresa concessionária onde estamos exigindo uma reapresentação de todos os documentos necessários para alvará e também os atestados de vistoria das embarcações, com comprovantes de que esta empresa está cumprindo todas as obrigações assumidas no contrato de concessão”, destaca o prefeito, fixando o prazo de 48 horas para o cumprimento desta notificação, “sob pena de tomarmos todas as medidas cabíveis, inclusive, se necessário, a determinação da suspensão das atividades prestadas pela empresa”, finaliza. 

BR Travessias

A BR Travessias informou, por meio de sua assessoria, que ainda não foi notificada e que se pronunciará quando isso ocorrer. 

Foto: Arquivo

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