Litoral

Acidente entre duas embarcações no ferry-boat de Guaratuba gera danos a veículos

DER-PR abriu processo administrativo para apurar ocorrência

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Na noite do último domingo, 27, o serviço de travessia da baía de Guaratuba registrou um incidente onde duas embarcações colidiram quando estavam em operação, algo que pode ter gerado avarias em veículos que estavam nas balsas. O Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR) afirmou que a ocorrência foi classificada como sem gravidade, sem feridos e com posterior liberação das balsas para operarem, mas que abriu processo administrativo para apurar responsabilidades e medidas cabíveis, com abertura de inquérito de responsabilidade pela Marinha do Brasil junto aos mestres de embarcações. 

“O DER-PR informa que foi registrada uma colisão sem gravidade entre duas balsas na travessia da baía de Guaratuba no domingo, 27.  Não houve feridos e as embarcações foram liberadas para permanecerem na operação. Possíveis avarias em veículos sendo transportados serão ressarcidas pela empresa que opera a travessia”, afirma em nota o DER-PR. Segundo a assessoria, a empresa responsável pela travessia afirmou que “a balsa Vitória aguardava para atracar quando a balsa Piquiri se chocou com esta, buscando utilizar o mesmo atracadouro”, detalha.

Segundo o departamento, foram solicitados esclarecimentos à empresa quanto à ocorrência, sendo aberto processo administrativo para apurar responsabilidades e medidas cabíveis. “Além disso, a Marinha do Brasil informa que abrirá inquérito de responsabilidade dos mestres das embarcações”, acrescenta.

CGE visita ferry-boat e constata situações atípicas

Na segunda-feira, 28, a Controladoria-Geral do Estado (CGE)  adiantou uma visita técnica ao ferry-boat de Guaratuba, algo motivado pelo acidente ocorrido no domingo, 27.  “Algumas situações atípicas foram constatadas, como a falta de uniformização da empresa que assumiu o serviço e de avisos de segurança aos usuários. As informações vão basear um documento que será entregue ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná”, afirma a CGE.

Segundo a Controladoria, esta foi a primeira inspeção realizada desde que a nova empresa assumiu em caráter emergencial o serviço. “O resultado desse trabalho será encaminhado ao DER, à Marinha do Brasil e à Agência Reguladora, além da própria empresa, para que os problemas levantados sejam corrigidos, garantindo a segurança e a tranquilidade da travessia”, destaca o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira.

Marinha do Brasil abriu inquérito de responsabilidade junto aos mestres das duas embarcações (Foto: Reprodução WhatsApp)

Siqueira afirma que o governador Carlos Massa Ratinho Júnior pediu atenção especial ao problema do ferry-boat de Guaratuba, onde a nova empresa atua em regime de permissão, algo firmado em contrato assinado no início de março de 2022. “São questões que precisamos cobrar de maneira que o contrato seja efetivamente cumprido”, afirma o controlador-geral.

“O contrato possui as mesmas exigências daquele feito com a empresa BR Travessias. O acordo foi interrompido por descumprimento contratual, comprovado pelas reclamações recebidas pela Ouvidoria e pelas inspeções periódicas feitas pela CGE, por meio do programa CGE Itinerante. A empresa recebeu mais de 200 autos de infração do Governo do Estado”, explica a CGE.

Outro ponto observado como “aquém do esperado” foi a revitalização de um dos atracadouros, que inclusive é um dos motivos para as constantes filas para acesso à balsa de Guaratuba. “A reforma de um atracadouro tem prejudicado o fluxo de embarcações e, consequentemente, das pessoas que precisam fazer a travessia diariamente”, aponta o diretor de Auditoria, Controle e Gestão, Gil Souza. 

Ponte de Guaratuba

Uma nova licitação está prevista também para definição da empresa que irá operar o ferry-boat de Guaratuba.  A CGE classificou a construção da Ponte de Guaratuba como “solução definitiva para o transporte no local”. “O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), condicionante para obra dessa envergadura, já está em andamento. Ele vai validar ou propor alterações para os três traçados mais viáveis apontados em um estudo de viabilidade, já concluído, buscando a melhor solução para a obra dos pontos de vista ambiental e técnico”, finaliza a assessoria. 

Com informações da AEN

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