Acaba de entrar em operação no Porto de Paranaguá dez novos tanques para armazenamento de derivados de petróleo, construídos pela Companhia Brasileira de Logística (CBL), terminal de líquidos do Grupo Interalli.
As novas obras garantiram um aumento de 74,4% na capacidade estática da CBL, que saiu de 93,7 milhões de litros de armazenagem e deverá chegar a marca de 163.500 milhões de litros de capacidade de armazenamento. Ao todo, a empresa deverá operar cerca de 1,7 bilhões de litros ao ano.
Já a capacidade de recebimento do Porto de Paranaguá passará de 773 milhões de litros, para 840 milhões de litros com a ampliação da CBL, um aumento de 9%.
Hoje o porto de Paranaguá é o segundo do país na movimentação de líquidos, movimentando cerca de 9,3 Bilhões de litros por ano. Com os novos investimentos a expectativa é atingir a marca de 10 Bilhões de Litros movimentados por ano.
O diretor do Grupo Interalli, Fabrício Fumagalli, conta que Paranaguá tem se tornado um destino cada vez mais frequente para a entrada de derivados líquidos no Brasil.
“O terminal da CBL é considerado um dos mais automatizados do país e deverá contribuir ainda mais com as importações e exportações de líquidos pelo Porto de Paranaguá, que entre janeiro e março de 2024 representou o equivalente a 5.028.271 m³ ou 5,028 bilhões de litros”, afirma o diretor do Grupo Interalli, Fabrício Fumagalli.
Estrutura
As operações de importação e exportação da CBL utilizam o píer público de inflamáveis de Paranaguá, em dois berços de atracação e está licenciado para o recebimento de óleo diesel, biodiesel, etanol, metanol, gasolina, nafta, entre outros.
Todos os tanques construídos para recepção e expedição de líquidos são de formato cilíndrico vertical, com fundo plano, construídos com chapa de aço estrutural ASTM A-36, conforme normas brasileiras para o setor. Os tanques são dotados de sistema de combate a incêndio através de câmaras de espuma e anéis com aspersores para resfriamento automático dos costados. O terminal conta ainda com dois reservatórios de água para combate a incêndio com capacidade de 5.410,00m³.
Os berços interno e externo permitem a atracação de navios de até 50 mil m3 com LOA de até 190 metros e calado de 11,6 metros.
“Estamos colocando em operação novos tanques com uma operação 100% automatizada, com a maior capacidade de movimentação ferroviária de Paranaguá e preparado para atender o mercado nacional e internacional”, completa o gerente do terminal, Carlos Camillo.
A ampliação da CBL foi feita em em área própria e a obra levou 18 meses para ser concluída. Ao todo, foram gerados aproximadamente 350 empregos diretos e indiretos durante a ampliação e outras 40 novas vagas permanentes
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Todos os funcionários do terminal, da área administrativa e operacional, já passaram por cursos de qualificação, treinamento e preparo para atuar neste tipo de atividade.
Capacidade de recebimento e expedição
O terminal conta com duas linhas em aço inox interligadas ao píer público de líquidos do Porto de Paranaguá para recebimento e expedição de produtos dos navios tanques. Essas linhas estão acopladas a três bombas com capacidade nominal de 600 metros cúbicos por hora (m3/h) cada. Assim, é possível realizar operações de carregamento de navios com 1.200 m3/h.
O novo terminal da CBL conta com oito plataformas rodoviárias e quatro rodoferroviárias, com capacidade para receber até 12 caminhões simultaneamente de todos os tamanhos.
Já para o modal ferroviário, o sistema da CBL possibilita operar 32 vagões simultaneamente, sendo o terminal com maior capacidade para movimentação ferroviária no Porto de Paranaguá. O ramal ferroviário conta com 16 pontos de operação que juntos oferecem uma capacidade de recebimento e expedição de 960 metros cúbicos por hora.
Informações técnicas
O diretor de suprimentos da empresa Empresa Royal Fic, Plínio Moscoso Barretto de Araujo Neto, diz que a operação da CBL Líquidos pode ser considerada uma das melhores do Brasil. A empresa importa Diesel pelo terminal paranaense.
“A operação da CBL é muito eficiente e a operação deve ser uma das melhores do Brasil. Isso porque conseguimos dar uma produtividade boa aos navios, com operação 24 horas e muito acima da média”, elogiou.