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Infraestrutura

Portos do Paraná mostra eficiência e inovação em reunião com Ministério da Agricultura

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"Hoje, nosso grande desafio é aumentar a participação da ferrovia”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia - Foto: Divulgação/Portos do Paraná

A eficiência e a vocação dos portos do Paraná para o escoamento da produção do agronegócio foram pautas da reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura (CTLog), na quarta-feira, 24, em Brasília. Os portos paranaenses foram apresentados aos membros do comitê pelo diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Durante a reunião, Garcia comentou os desafios logísticos que o Estado enfrentará nos próximos anos e detalhou os projetos em andamento para aprimorar a eficiência dos portos. De janeiro a junho de 2024, os portos de Paranaguá e de Antonina alcançaram o volume de 33.780.236 toneladas movimentadas, um recorde histórico registrado num primeiro semestre, com destaque para a movimentação de produtos do agronegócio, como fertilizantes, soja e açúcar.

O presidente comentou que os bons resultados têm sido alcançados apesar das limitações geográficas, que restringem a expansão tanto a leste quanto a oeste, no caso do Porto de Paranaguá. Para superar essas dificuldades, a autoridade portuária tem desenvolvido e implementado estratégias inovadoras para aumentar a capacidade do porto, incluindo a expansão offshore com a utilização de píeres avançados.

Outo pilar estratégico para a Portos do Paraná envolve a integração dos modais de transporte. Atualmente, a malha ferroviária atende apenas uma pequena parte da carga que chega e sai dos portos paranaenses. O presidente ressaltou a necessidade de aumentar o volume de cargas transportadas por ferrovias, reduzindo a dependência dos caminhões. Assim como destacou a importância de preparar os portos para as modificações nos acessos, aumento de volume e incorporação de novas tecnologias.

“Hoje, nosso grande desafio é aumentar a participação da ferrovia, que atualmente movimenta apenas 20% do volume total de 65 milhões de toneladas. Essa participação é muito pequena e precisamos avançar nesse aspecto, mudando a matriz de chegada e reduzindo a dependência dos caminhões. Temos orgulho de movimentar esse volume anualmente sem qualquer fila, aquelas filas famosas que não ocorrem há mais de uma década. Hoje, conseguimos prever a chegada de caminhões com sete dias de antecedência”, afirmou Garcia.

Esse gargalo, relacionado principalmente às ferrovias, deverá ser mitigado com a conclusão das obras de modernização da infraestrutura do Porto de Paranaguá, com o Moegão, atualmente com cerca de 10% concluídas e previsão de término em dezembro de 2025. O projeto inclui a implementação de um sistema de recepção e descarga ferroviária de grãos e farelos nos terminais de exportação, além da adequação das infraestruturas rodoviária e ferroviária na região leste do porto.

O projeto, lembrou Garcia, é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com investimento de R$ 495 milhões, o primeiro do tipo para uma autoridade portuária.

Foto: Divulgação/Portos do Paraná

Segundo o diretor-presidente, o projeto permitirá o desbloqueio de 220 vagões diariamente, e com sua conclusão, 180 vagões poderão ser recebidos, descarregados e liberados em até quatro horas, proporcionando um ganho para todo o sistema portuário.

“Isso nos proporcionará uma condição de movimentação muito mais eficiente, não apenas olhando o hoje, mas também para as próximas décadas, considerando o volume de investimentos que ocorrerão no estado do Paraná”, disse.

O presidente também destacou investimentos em dragagem, totalizando R$ 403 milhões, destinados à remoção do assoreamento dos canais de acesso, bacias de evolução, berços públicos e fundeadouros. Ele também enfatizou que a concessão do canal de acesso, atualmente em andamento, incluirá um programa de manutenção e aprofundamento dos canais, essencial para manter a competitividade dos portos paranaenses.

Outro ponto abordado foi o investimento de R$ 26,9 milhões em derrocagem entre 2021 e 2022, que eliminará gargalos e melhorará as condições de operação marítima e aquaviária.

“Todos esses esforços resultaram em nosso reconhecimento, nos últimos anos, pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela agência reguladora. Os prêmios anuais que recebemos são um incentivo contínuo, e nosso maior orgulho é termos um porto eleito por quatro vezes consecutivas com a melhor gestão do país”, afirmou Garcia,

O presidente da Câmara Temática, Edeon Vaz Ferreira, elogiou a gestão da Portos do Paraná e destacou que o objetivo do convite foi proporcionar aos membros um conhecimento mais aprofundado sobre os portos, incluindo não apenas os terminais de grãos, mas também aqueles que movimentam contêineres.

A reunião contou também com a participação do diretor Jurídico da Portos do Paraná, Marcus Freitas, além de diversas entidades que compõem a Câmara Técnica, além da participação de Tetsu Koike, diretor de Programa de Políticas Setoriais do Ministério de Portos e Aeroportos.

Fonte: Portos do Paraná

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