A Portos do Paraná iniciou nesta terça-feira (19) a etapa de remoção das rochas dos pontos mais rasos da Pedra da Palangana. O trabalho será feito com o auxílio de uma draga mecânica. Os pedaços removidos serão levados ao canteiro da obra para a britagem. Ao final desse processo, as pedras serão doadas a municípios do Litoral paranaense.
A derrocagem da Pedra da Palangana visa dar mais segurança para a navegação e o meio ambiente (evitando acidentes com navios) com a remoção dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas. Com a retirada de apenas 22,3 mil metros cúbicos, cerca de 12% do total da Pedra, o risco de encalhe de navios e desastres ambientais será minimizado.
“Desde que começou, no início de setembro, a obra vem seguindo todos os protocolos de segurança, de forma controlada e responsável, com todos os cuidados para o meio ambiente, para a população que vive nas proximidades e para o porto”, disse Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina.
De 6 de setembro até agora, já são quase 45 dias de obras. “Nossos canais de comunicação seguem permanentemente atualizados, a cada alteração ou nova etapa. Além de segurança, estamos realizando a obra com total transparência”, completou Garcia.
As pedras, como qualquer brita, poderão ser usadas em diversas obras municipais, de asfalto a construção de edifícios. “Além de colaborar em mar, para a navegação, colaboramos em terra com a doação desse material que os municípios teriam que comprar”, diz o diretor-presidente. A destinação das pedras aos sete municípios do Litoral será coordenada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística.
REMOÇÃO
Segundo a Diretoria de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, a draga mecânica equipada com guindaste e concha (grab) recolhe os pedaços menores das rochas fragmentadas e os deposita em uma barcaça com cisterna. Em terra, as rochas serão recicladas através de britagem.
“Neste momento, a equipe vai começar a remover as rochas das três porções já derrocadas”, comenta a engenheira Bruna Calloni, coordenadora de Batimetria e Dragagem, da Gerência de Engenharia Marítima. Ainda de acordo com a ela, o canteiro da obra, localizado atrás do terminal de contêineres do Porto de Paranaguá, está preparado com espaço e equipamentos suficientes para acomodar as rochas.
ETAPA
Neste momento, as atividades ocorrem nas porções mais internas e centrais do canal de navegação. Por isso, por 18 horas diárias, a passagem de grandes embarcações (navios, dragas, balsas de abastecimento) está impedida.
As manobras dos navios no canal principal estão ocorrendo dentro de uma janela diária de seis horas: entre as 4 horas antecedentes à maré cheia, estendida até 2 horas depois. O fluxo de navios pelo canal de acesso alternativo, o Surdinho, segue permitido dentro das normas de navegação.
Fonte: AEN