O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, participou nesta terça-feira (27) do “P3C – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil 2024”, evento que acontece anualmente e envolve empresas, entidades e governos para debater o mercado de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões com foco nos investimentos em infraestrutura no Brasil.
Garcia participou do Painel “Gargalos e desafios para o próximo ciclo de reformas portuárias no Brasil” em conjunto com Amanda Seabra, diretora do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI); Alex Sandro de Ávila, secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Portos e Aeroportos; Flávia Takafashi, diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ); e Jesualdo Conceição Silva, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).
Durante sua participação, o diretor-presidente ressaltou o projeto do Moegão, a maior intervenção portuária em desenvolvimento no Brasil, orçada em R$ 592 milhões e que será custeada pela Portos do Paraná. A nova moega ferroviária será instalada numa área de quase 600 mil e vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá.
“Com o Moegão será possível realizar o descarregamento simultâneo de 180 vagões em três linhas independentes, o que permitirá um aumento de 63% na capacidade de descarregamento, passando de 550 para 900 vagões ao dia”, explicou Garcia.
A nova moega gigante será destinada para a descarga de vagões que chegam ao porto com granéis sólidos, como soja, milho, farelo.
“No panorama atual, apenas 15% das cargas que chegam a Paranaguá são transportadas por trilhos. Com o Moegão, a possibilidade é de aumento imediato da recepção de mais vagões com um processo mais rápido e ágil. A expectativa é aumentar o recebimento por trens para 50% das cargas nos próximos anos”, ressaltou o diretor-presidente.
Outro destaque foi a concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá, um projeto inédito no País. A concessão abrangerá a ampliação, manutenção e exploração do canal de acesso aquaviário pelo prazo de 25 anos. Entre as principais melhorias previstas no projeto estão aprofundamento, ampliação e alargamento do canal, o alargamento da bacia de evolução e o aprofundamento da área de fundeio nº 6. Com isso, a previsão é passar para 13,3 metros ainda na fase de implantação e chegar a 15,5 metros após a concessão, o que viabiliza atração de navios maiores.
“Esse processo é fundamental para a segurança não só jurídica, mas logística e de navegação. O atendimento de navios maiores permite que os usuários do porto firmem novos acordos comerciais com confiança. Além disso, no aspecto operacional, o porto ganha maior eficiência e agilidade”, reforçou.
SOBRE O P3C
O P3C é especializado no mercado de PPPs e Concessões com foco nos Investimentos em Infraestrutura no Brasil envolvendo empresas, entidades e governos com a missão de envolver essa cadeia para debater sobre a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas para tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores no Brasil seguindo critérios ambientais, sociais e de governança.
O objetivo do evento, que ocorreu em São Paulo (SP), é tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores no Brasil, seguindo critérios ambientais, sociais e de governança.
Foram mais de 150 palestrantes que participaram de 32 painéis distribuídos em oito palcos simultâneos, que propôs a análise, por exemplo, do saldo do 1º ano e perspectivas para os próximos, com uma avaliação dos projetos neste primeiro ano e das perspectivas de investimentos para os próximos anos.
Fonte: Portos do Paraná