As importações de fertilizantes desembarcadas pelos Portos do Paraná somaram US$ 1,48 bilhão, de janeiro a julho, de 2019. O valor, segundo o Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é 34% maior que o registrado no mesmo período de 2018, quando somou U$1,1 bilhão.
Os números confirmam o Porto de Paranaguá como principal ponto de entrada do fertilizante que chega ao Brasil. Cerca de 30% de todo o produto que chega para ser aplicado nas lavouras do País entram pelos terminais paranaenses. Além de atender os produtores do Paraná, o fertilizante é destinado aos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
Considerando apenas os produtos destinados à lavoura do Paraná, nos últimos sete meses, foram 2,49 milhões de toneladas, somando US$ 770 milhões. “O Porto de Paranaguá tem a melhor média de produtividade operacional para o desembarque dos produtos entre os portos brasileiros, totalizando 299 toneladas, por hora”, destaca o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubo), a escolha pelos portos paranaenses considera infraestrutura, boa gestão e a qualificação da mão de obra. “No passado, havia um problema de armazenagem e a demora para descarregar encarecia toda operação. Aumentando a eficiência geral, desde a atracação do navio até o transporte para o destino, foi possível reduzir custos”, explica o presidente José Carlos de Godoi.
ORGANIZAÇÃO
No cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante. Um desses, o 209, conta com a disponibilidade de correias transportadoras que levam o produto até o Terminal Público de Fertilizantes (o TEFER, com capacidade de armazenar até 20 mil toneladas), que por sua vez tem a interligação com outros armazéns privados.
Além desses berços prioritários, os navios de fertilizantes podem atracar e descarregar a carga por qualquer outro berço do cais público que não estejam ocupados. O Porto de Paranaguá conta também com um píer privado, com dois berços exclusivos. No Porto de Antonina são outros dois berços para o produto.
GESTÃO
As regras para a atracação e desembarque dos fertilizantes nos Portos do Paraná são claras, transparentes e bem definidas. São duas as ordens de serviço que regem essas operações: OS 006 e 145 de 2018.
“A produtividade mínima exigida por dia, por navio que descarrega, é de seis mil toneladas. Se o navio não atender a este mínimo, deverá desatracar e ceder o espaço para outra embarcação. No entanto, chegamos a dobrar esse valor”, comenta o diretor de Operações dos Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Junior.
Fonte: AEN
Foto: José Fernando Ogura / ANPR