Na noite de segunda-feira, 23, ocorreu uma audiência pública em Paranaguá para a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referentes ao empreendimento denominado Ampliação e Revitalização da Estrada de Ferro Paraná Oeste – Corredor Oeste de Exportação – Nova Ferroeste.
O evento ocorreu no Complexo Turístico Mega Rocio, localizado na Praça da Fé, no bairro Rocio, em Paranaguá. Essa etapa está acontecendo no período de 16 a 27 de maio em diferentes cidades do Brasil.
Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário do governo do Paraná, destacou a importância da audiência pública ser realizada em Paranaguá. “É a consagração do processo de licenciamento ambiental. A gente já vem trabalhando nele há mais de um ano, tomamos uma iniciativa inovadora de fazer a construção do traçado concomitantemente o Estudo de Impacto Ambiental e isso permitiu que a gente reduzisse ao máximo os impactos socioambientais. Conseguimos fazer um traçado extremamente sustentável”, afirmou.
A audiência pública debateu, em Paranaguá, aspectos ambientais e sociais da Nova Ferroeste. É uma etapa do processo de licenciamento ambiental prévio do projeto. A população acompanhou de forma presencial e através de transmissão ao vivo pelo site https://www.audienciasnovaferroeste.com.br/.
“A ferrovia por si só já é um projeto verde, um vagão tira aproximadamente quatro caminhões e o que estamos discutindo é como o porto vai crescer, se através do modal rodoviário ou modal ferroviário. O modal rodoviário está no limite na cidade, fica muito difícil você conseguir o crescimento do porto se valendo de caminhões e a ferrovia vem como a maneira mais verde, e isso já está reconhecido inclusive por organismos internacionais”, explicou Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário, sobre a Nova Ferroeste ser um projeto sustentável.
As audiências públicas são de responsabilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL) do Paraná e tem o objetivo de garantir o licenciamento ambiental prévio junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Foi possível participar do evento enviando questionamentos, críticas e sugestões, os quais foram respondidos na etapa do debate.
“É de fundamental importância a sociedade contribuir com o processo de licenciamento desse projeto de infraestrutura que vai influenciar a vida de milhões de brasileiros nas próximas décadas. Nós imaginamos que com a Nova Ferroeste nós vamos equilibrar a matriz logística. Hoje o porto recebe menos de 20% de trem e o restante praticamente de caminhões. Então, a gente deve equilibrar essa matriz no futuro”, acrescentou Fagundes.
O Projeto
O desenvolvimento do modal ferroviário no Paraná baseado no tripé da sustentabilidade (aspecto ambiental, econômico e social) inova na resolução do gargalo existente no transporte de cargas por linhas férreas.
Assim, o Corredor Oeste de Exportação ou a Nova Ferroeste tem como premissa ligar o Porto de Paranaguá até Maracaju no Mato Grosso do Sul, com o objetivo de oferecer um modal adequado e eficiente para o escoamento de produtos e mercadorias provenientes do Oeste do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai.
A inclusão do empreendimento na carteira de investimentos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal possibilita torná-lo atrativo para a iniciativa privada e, dessa forma, ser leiloado na Bolsa de Valores (B3) em 2022.