A Confederação Nacional do Transporte lançou o 3.º volume da série Terminais de Carga do Brasil – Gateways Portuários e destacou na publicação o crescimento da Portos do Paraná, empresa pública ligada ao Governo do Estado do Paraná e que gerencia os portos de Paranaguá e Antonina. O Porto de Paranaguá foi um dos 12 ativos portuários analisados, que representam cerca de 64% da movimentação total de longo curso no Brasil nos últimos dois anos.
O documento de 231 páginas apresenta um mapeamento completo de todas as áreas da cadeia produtiva do setor, com destaque para os chamados gateways, que são as instalações portuárias que operam cargas de longo curso.
De acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, um dos destaques do material são os arrendamentos, considerando que a empresa pública é pioneira no Brasil em procedimentos licitatórios. Desde 2019, a Portos do Paraná é detentora da Delegação de Competências da União e já realizou os leilões dos arrendamentos PAR 01, 09, 12, 32 e 50. “Atualizando os dados divulgados e somando todos os leilões já aprovados para execução, são estimados R$2,1 bilhões em investimentos para o litoral paranaense”, destacou Garcia.
O documento também divulga a movimentação de cargas realizada entre 2013 e 2022, que aparece maior nos últimos três anos. De acordo com o documento, “a elevada movimentação do Porto de Paranaguá nos anos recentes foi muito impulsionada pela alta produção de soja no país, mas principalmente pelos recordes de produção do estado paranaense, que é responsável por cerca de 15% da safra nacional”.
Dados deste ano revelam que os portos paranaenses seguem crescendo em produtividade. Em dezembro de 2023, a Portos do Paraná alcançou a marca de 60 milhões de toneladas movimentadas, número histórico para a empresa pública.
“Além da procura do mercado, a inteligência logística – com ajustes operacionais, adequações em tempo de manobras de caminhões e trens – fez com que alcançássemos 10 milhões de toneladas a mais de carregamentos e descarregamentos em comparação ao patamar de quando assumimos a gestão, em 2019”, explicou o diretor-presidente.
As considerações finais do documento reúnem um panorama do setor portuário brasileiro, entre eles o perfil das cargas movimentadas pelos terminais, que revelou que “os portos organizados possuem uma maior variedade de produtos, enquanto os terminais privados tendem a ser mais especializados”.
No caso da Portos do Paraná, as cargas de soja e contêineres são líderes em movimentação. “Buscamos atender ao maior número possível de cargas e operações com excelência e variedade de serviços. Para isto, investimos em gestão e hoje somos destaque nacional: vencemos por quatro vezes consecutivas o prêmio de melhor gestão portuária do Brasil”, destacou Garcia.
Sobre a série “Terminais de Carga do Brasil”
Elaborado pela CNT, o primeiro volume abordou os aspectos gerais sobre os terminais de cargas. Já o Volume II teve como foco os gateways aeroportuários nacionais. O volume III analisou os principais gateways portuários brasileiros. Os volumes fornecem dados e análises técnicas para auxiliar a tomada de decisão de gestores públicos e agentes privados, além do adequado direcionamento de recursos. A seguir, os links de cada volume:
Volume 1: https://cnt.org.br/documento/98ce1483-9510-492b-8c6d-0e31a63a11f7
Volume 2: https://cnt.org.br/documento/dc4c0088-0ba9-4274-b11a-6fd3d419ce82
Volume 3: https://cdn.cnt.org.br/diretorioVirtualPrd/16485e30-bc1f-4525-ace7-45fc9164a90b.pdf
Fonte: Portos do Paraná