Medidas tomadas pelo governo federal ou aprovadas pelo Congresso Nacional, além de anúncios realizados em nível estadual, colocaram a indústria paranaense em alerta sobre a possibilidade de aumento da carga tributária. Um panorama que, para a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), pode comprometer a competitividade do setor, desestimulando investimentos e a geração de empregos, além de afetar o poder de compra dos consumidores e a economia como um todo.
No Estado, a preocupação é com o aumento da alíquota do ICMS, de 19% para 19,5%. “Pode parecer pouco, mas o ICMS do Paraná já teve um reajuste de 1 ponto percentual neste ano. Esse novo acréscimo gerará aumento nos custos de serviços essenciais para a população e para a produção, pressionando o processo inflacionário”, explica o coordenador do Conselho Temático de Assuntos Tributários da Fiep, Guilherme Hakme. A Fiep mantém diálogo com o governo para demonstrar os prejuízos que ela causará.
Medidas recentes em esfera federal também preocupam. A principal é o veto imposto pela presidência da República ao projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores. Outro sinal de alerta surgiu com a inclusão de uma emenda no projeto da Reforma Tributária que prorroga benefícios fiscais a montadoras de veículos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A Fiep afirma que a medida “tem o potencial de destruir toda a cadeia automotiva localizada nas regiões Sul e Sudeste”. A entidade busca articulação com parlamentares paranaenses para tentar reverter as medidas.