Uma música emblemática de devoção à Maria, mãe de Jesus Cristo, escrita por Roberto Carlos, pede para que Nossa Senhora dê a mão ao seu filho/filha e cuide do seu coração. É exatamente este sentimento representado por um milagre vivido pela advogada Micheli Cristina Saif, moradora no Jardim Santa Rosa, em Paranaguá, que após a pandemia se viu imersa em problemas de saúde mental como ansiedade, crises de pânico e depressão, e, em uma missa no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, sentiu a presença do Espírito Santo por meio da Padroeira do Paraná e conseguiu forças para iniciar sua superação e sentir calma em seu coração.
“A devoção começou desde o meu nascimento, nasci em 11 de novembro, no meio da festa, e com cinco dias de vida participei da minha primeira procissão, em 15 de novembro de 1979. A fé e devoção vem de família, minha avó paterna, minha mãe e minha madrinha sempre me ensinaram o poder da fé e oração, e o quanto é importante a história e a presença da Padroeira do Paraná em nossa cidade”, afirma Micheli Saif. “Hoje quando estou no solo sagrado do Santuário do Rocio me sinto mais próxima da minha avó, sinto como se ela estivesse sentada ao meu lado, isso me traz bons sentimentos”, completa.
O período de pandemia foi difícil para toda a sociedade, gerando efeitos inclusive após o seu término em milhões de pessoas com relação à saúde mental, visto o medo contínuo da doença e necessidade de isolamento social. “Em meio a pandemia em meio ao caos e incertezas que vivemos na época, passei por alguns momentos difíceis, que culminaram em crises de ansiedade, pânico e depressão. Foi uma fase muito complicada, pois não conseguia lidar com aqueles sentimentos ruins que me atormentavam”, detalha Micheli.
Milagre
“Uma noite fui à missa no Santuário de Nossa Senhora do Rocio, sentei para participar da missa, as demais pessoas chegavam para a missa e quanto mais pessoas chegavam mais meu coração acelerava, comecei a ter uma crise de pânico dentro da Igreja, meu único pensamento era sair correndo. Quando encostei a mão no banco da frente para levantar e ir embora, uma criança tirou a máscara, visto que ainda usávamos máscara na época, e a chupeta, e com os olhos afetuosos colocou a mãozinha dela em cima da minha e falou ‘fica tia, fica’. Naquele exato momento, senti o toque do Espírito Santo e um abraço afetuoso, abraço de mãe mesmo, que me acalmou imediatamente, meu corpo e mente se acalmaram, senti todos aqueles sentimentos ruins do pânico passar”, relata a devota.
Segundo ela, a experiência única de fé fez com que, desde então, ela esteja muito melhor. “Frequento com assiduidade as missas, preciso ir à missa, lá eu paro, desacelero e me concentro para tentar levar os ensinamentos da palavra e aplicar na vida”, afirma. “Senti que só ir às missas não era suficiente para expressar minha gratidão, então passei a servir nos trabalhos da igreja. sou voluntária em duas pastorais, faço com amor e por amor a Deus e Nossa Senhora do Rocio, em agradecimento pela minha família, meus amigos, enfim pela vida”, complementa.
Agradecimentos de fiéis
Micheli afirma o sentimento de felicidade quando observa os milagres propiciados pela Mãe do Rocio junto a fiéis em Paranaguá, no Paraná e no Brasil. “Eu fico muito feliz quando leio as cartas de agradecimento dos fiéis, é emocionante, gratificante e nos mostra a importância da fé da oração e devoção. Nos mostra que milagres existem, basta ter fé e procurar não desviar do caminho do bem”, explica.
“É preciso provar para as pessoas que Deus é o caminho, estar mais perto Dele e de Nossa Senhora do Rocio nos faz muito bem. Tenho muito a aprender na vida, mas caminhar ao lado do Pai e da Mãe faz a caminhada muito melhor”, ressalta Saif.
Mensagem à população
“Nós, parnanguaras, temos o imenso privilégio de ter um Santuário em nossa cidade, Santuário dedicado a Nossa Senhora do Rocio, cuja imagem foi encontrada no ano de 1648, na Bahia de Paranaguá, aqui na nossa cidade, somos abençoados, e temos que entender a importância desse fato, estar lá no solo sagrado dos paranaenses, um lugar acolhedor e de muita fé”, finaliza Micheli Saif.