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Pintura do Aquário de Paranaguá é entregue com programação cultural caiçara

Atividades começaram pela manhã com limpeza de manguezais e seguirão até a noite com o baile de Fandango

A obra começou a ser executada no dia 15 de maio e homenageia à cultura caiçara e aos mestres Fandangueiros (Foto: Folha do Litoral News)

A obra começou a ser executada no dia 15 de maio e homenageia à cultura caiçara e aos mestres Fandangueiros (Foto: Folha do Litoral News)

A pintura artística do Aquário Marinho de Paranaguá foi entregue na sexta-feira, 13, com programação cultural caiçara. As atividades começaram logo pela manhã com limpeza de manguezais na Ilha dos Valadares e seguirão até a noite, com um baile de Fandango Caiçara. A intervenção artística de 360 graus no entorno do espaço, correspondente a 1,8 mil metros quadrados, faz parte do Museu Urbano do Fandango Caiçara, promovido pelo projeto Paranaguá Mais Cores. A obra começou a ser executada no dia 15 de maio e homenageia à cultura caiçara e os mestres fandangueiros. 

Zeca da Rabeca, mestre fandangueiro do grupo Viola Afinada e um dos homenageados, contou sua história com o fandango. “Eu sou lá do Salto do Morato. Conheci o fandango através do meu pai, da minha mãe, eles me levavam no mutirão e eu ficava lá, sentadinho no banco, olhando. E hoje em dia eu sei fazer tudo, sei fazer a rabeca, sei fazer a viola, todos os instrumentos. Sei tocar, sei executar, então eu fico feliz da vida. Eu completei 73 anos ontem e eu agradeço muito a Deus por me dar essa saúde para mim estar passando essas coisas para uma nova geração”, explica Zeca.

Zeca da Rabeca, mestre fandangueiro grupo Viola Afinada e um dos homenageados, contou sua história com o Fandango (Foto: Folha do Litoral News)
Zeca da Rabeca, mestre fandangueiro grupo Viola Afinada e um dos homenageados, contou sua história com o Fandango (Foto: Folha do Litoral News)

“Muito importante para a gente essa homenagem que fizeram. Para mim essa coisa tem de ser feita em vida, porque depois que morre não adianta fazer. Pelo menos eu estou passando aqui, vendo minha foto”, expressa. 

O advogado, artista e um dos idealizadores do Paranaguá Mais Cores, Giovanni Negromonte, o “Gio Negromonte”, ressaltou como foi a execução da obra. “É muita alegria poder entregar uma obra desse tamanho, dessa importância, dessa imponência, falando sobre um tema tão precioso para a gente, que é a nossa cultura popular. Foi uma obra que durou mais ou menos um mês e meio para a gente fazer, até porque teve as interferências do tempo, acabou atrapalhando um pouco. Mas, no fim, está concluído. É muito especial poder ver os nossos mestres homenageados, essa cultura popular que é tão rica e é quem constrói esse lugar onde a gente mora e quem mantém essa beleza natural”, conta Giovanni.

O advogado, artista e um dos idealizadores do Paranaguá Mais Cores, Giovanni Negromonte, o “Gio Negromonte”, ressaltou como foi a execução da obra (Foto: Folha do Litoral News)
O advogado, artista e um dos idealizadores do Paranaguá Mais Cores, Giovanni Negromonte, o “Gio Negromonte”, ressaltou como foi a execução da obra (Foto: Folha do Litoral News)

Gio, compartilhou suas expectativas para o grande baile de Fandango Caiçara. “A expectativa é a melhor possível, porque isso é poder fechar com chave de ouro e festejar. O próprio fandango tem essa coisa de você fechar uma atividade de trabalho com um baile, com uma apresentação, com uma festa, então é isso que a gente vai fazer hoje, a gente vai fechar toda essas atividades de trabalho, que no fim, se for parar por lá, a gente está vindo desde o Andada. Então hoje é o grande encontro, o grande encerramento de uma atividade que não é só o Aquário, acho que a gente pode dizer que hoje a gente está encerrando tanto o Aquário quanto o Andada juntos, encerrando com a nossa cultura popular que é o Fandango Caiçara”, ressaltou. 

Fotos: Folha do Litoral News

Próximos passos

Segundo ele, após a entrega da pintura do Aquário, a ideia, para o segundo semestre, é iniciar nove oficinas do Programa de Incentivo ao Governo do Estado (PROFIS) na cidade. Já como arte urbana e/ou arte pública, Gio ressalta que ainda serão estudadas novas possibilidades. “A gente viu o quanto a população gostou de fazer mutirão, gostou de participar, então é por isso que agora a gente vai repensar em outros pontos que a gente consiga atuar com mutirão e de modo geral fazer outras pinturas. Também agora a gente segue estudando para poder achar outras possibilidades de atuar com a arte”, explica.

Pintura do Palácio do Café

Outro projeto que poderá receber uma intervenção artística, mas ainda será estudado a possibilidade, é a pintura da lateral do prédio do Palácio do Café em Paranaguá. No entanto, devido a grandiosidade da obra, isso demandará um tempo de aproximadamente 3, 4, 5 anos até ser executada. “O Palácio do Café é um lugar que a gente agora começa a estudar, começa a pedir as autorizações para tentar fazer essa pintura. Claro que projetos grandes este, como a Ponte, como a pintura do Palácio do Café, ela demanda muito tempo, muita estrutura, muita organização. Então é um plano, é uma ideia e a gente vai buscar ele. Mas é isso, entender que para chegar nisso vai demorar um trabalho de 3, 4, 5 anos, mas a gente vai chegar, é questão de tempo”, contou Giovanni.

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Pintura do Aquário de Paranaguá é entregue com programação cultural caiçaraAvatar de Elano Squenine

Elano Squenine

Estudante de Jornalismo desde 2025 pela Uningá, Elano Squenine atuou como repórter, pauteiro e produtor em uma emissora de rádio. Atualmente, ele exerce suas funções na Folha do Litoral News como coprodutor (MEI).