Aconteceu na manhã da terça-feira, 29, no Auditório da Paranaguá Previdência, 29, a 7.ª Conferência Municipal das Cidades 2025. O evento, organizado pela prefeitura, faz parte do processo nacional de mobilização para o desenvolvimento das cidades brasileiras, favorecendo a escuta ativa dos cidadãos e o fortalecimento da participação popular na formulação das políticas públicas municipais. A programação foi organizada em três eixos principais, como debates referentes à articulação entre os principais setores urbanos e o planejamento das políticas públicas; gestão estratégica e financiamento, e grandes temas transversais.
De acordo com a secretária de Planejamento e Gestão de Paranaguá (Semplog), Vânia Fóes, a pasta, da qual ela é responsável, apresenta nas suas atribuições a elaboração da Conferência das Cidades, obrigação imposta pelo Governo Federal para a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), baseando-se naquilo que as cidades demandam, ou seja, aquilo que é necessidade e/ou almejado pela população para o futuro.
“Então a Conferência das Cidades é um fórum muito importante onde toda a população, toda a sociedade civil organizada tem a mesma importância e a mesma possibilidade de apresentar os seus problemas, as suas sugestões e as suas demandas. Por isso é bastante importante a participação de todos. Somos uma Secretaria eminentemente técnica na área de urbanismo e planejamento. Planejamento é algo que não tem acontecido nas últimas décadas no Brasil como um todo, e Paranaguá em particular, e nós pretendemos nos antecipar a alguns problemas e resolver outros”, frisou a secretária Vânia.

A secretária ainda destacou as metas da secretaria para os próximos anos. Segundo ela, Paranaguá enfrenta problemas expressivos no quesito mobilidade urbana, como logística e trânsito, sendo este, o enfoque maior da Semplog.
“Nós temos um problema de mobilidade urbana muito grande, logística, problemas de trânsito. Esse é o enfoque maior da nossa secretaria. Além disso, nós precisamos criar mais áreas de lazer espalhadas pelo município e não concentradas, para que a população não tenha que se deslocar também para chegar até elas. Nós precisamos pensar em Paranaguá como a única cidade que pode ter um modal aquaviário, rodoviário, ferroviário e aeroviário. Então é nisso que nós temos pensado no crescimento, no desenvolvimento econômico igualitário da cidade”, finalizou.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico Habitação e Regularização Fundiária, Leonice Lacerda, a conferência de nível municipal que aconteceu em Paranaguá é importante para que as políticas públicas cheguem ao encontro das necessidades dos cidadãos que ali habitam, visando o desenvolvimento econômico, social e sustentável.

“A gente está aqui para debater, é um dia todo dessa conferência, para debater justamente o futuro de Paranaguá, para fomentar o desenvolvimento econômico, social e sustentável. Até porque nós estamos nos balizando pela agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o Pacto Global da ONU, para que a gente possa, de fato, ter resultados reais e efetivos para a melhoria da qualidade de vida, do IDH, da população de Paranaguá. Teremos hoje a nossa conferência municipal, na sequência teremos a conferência estadual e na sequência teremos também a conferência nacional das cidades, que vai debater o país como um todo”, enfatizou Lacerda.
Para o secretário Municipal de Obras Públicas, Ozeias Rebello Costa, a participação da população na conferência é fundamental.

“Todos os interesses que fluem na cidade, o povo precisa participar. A questão urbana, logística, a atividade portuária, é a principal característica da nossa cidade. É muito importante, então, que isso seja discutido com a população, com os técnicos que compõem o quadro do município, associação de moradores. Esse debate é extremamente importante para pensarmos a cidade que nós queremos no futuro. Então é importante essa coligação de esforços entre a população e os técnicos que têm conhecimento mais específico. Esse debate chega aqui de uma forma de termos uma solução, uma solução para que a cidade possa fluir de modo melhor para o futuro que nós todos desejamos”, ressaltou Ozeias.
Segundo a vice-prefeita, Fabiana Parro, ninguém conhece mais Paranaguá do que o próprio parnanguara. De acordo com ela, este é o momento para que todos possam apresentar suas demandas, desde o empresário, o lojista, o padeiro, o cidadão comum, para que assim possa ser construída uma cidade que atenda a todos.

“É de suma importância essa conferência. Ninguém conhece mais Paranaguá do que o parnanguara. Paranaguá tem suas peculiaridades, então a gente precisa, quanto comunidade, trazer essas demandas, não só o Poder Público, mas o cidadão em geral, ao que conhece as suas dificuldades, para que a gente possa realmente ter um trabalho efetivo, que o que for decidido atenda a nossa comunidade. Então, Paranaguá vem crescendo e a gente precisa pensar nessa Paranaguá para daqui uns 30 anos. Como que a gente quer viver nessa Paranaguá daqui a 30 anos? Então, esse é o momento para que todos possam trazer as suas demandas, desde o empresário, o lojista, o padeiro, o cidadão comum, para que a gente possa fazer realmente uma cidade que atenda a todos”, frisou a vice-prefeita, Fabiana Parro.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP), Eloir Martins, ressaltou durante o evento que a cidade de Paranaguá tem tudo para conquistar a sua posição que merece nos cenários Estadual e Federal.

“Aqui é um start muito importante para que o pessoal do Brasília nos ouça, para que o pessoal do Brasil nos enxergue e principalmente, o nosso potencial. Então nós temos que ter o maior cuidado, nós temos que ter propostas viáveis, para que nós possamos fazer bonito, porque não é possível nós termos uma cidade mãe do Paraná, riquíssima em tradições, riquíssima em todos os aspectos geográfico, com o segundo maior porto do Brasil e o primeiro no agronegócio na América Latina, poucas cidades tem um porto e pouquíssimas cidades têm um porto tão pujante como o nosso. A Associação Comercial está disponível, sempre com as portas abertas. Eu vejo com muita alegria que a gente está emergindo, dizendo, nós estamos aqui. Então, esse start que nós estamos dando hoje, acho que nós temos que realmente ressaltar todas as nossas vantagens, todas as nossas competências, através das associações, através dessa união, e de que nós vamos solicitar, que nós vamos pedir, qual é a nossa proposta. Então, acima de tudo nós merecemos”, ressaltou Eloir Martins.
Marcelo Dias, secretário da Secretaria Regional da Ilha dos Valadares (Serval), falou sobre a importância da conferência para as necessidades e para o desenvolvimento do continente.

“É importante destacar como as secretarias estão trabalhando de forma conjunta. Então a Secretaria do Valadares está presente porque tudo que vai ser trabalhado e planejado para a nossa cidade afeta diretamente também a Ilha de Valadares. A Ilha que nós temos hoje tem quase, 40 mil habitantes, a ilha que está em uma região de 3,5 km² de área, um volume profissional muito grande e que hoje é afetada por uma série de situações e questões que anteriormente não foram vistas. Então nós citamos sempre como exemplo a questão da entrega da ponte do Valadares, que foi uma conquista para a comunidade, de muitos e muitos anos, mas que por um outro lado a Ilha não foi preparada, de repente, para esse volume que chega de veículos a Ilha, que é muito importante para a nossa comunidade. A facilidade com que chega hoje uma ambulância como outro tipo de veículo que chega na parte de atendimento para a nossa região, é muito importante, mas, da mesma forma, nós temos a preocupação hoje de entender como é que aquele morador, aquele pedestre, aquela pessoa idosa ou aquela criança pode ser afetada, muitas vezes por uma falta de um tipo de controle de uma educação de trânsito na cidade. Então participar hoje dessa conferência de cidades, nos traz esse entendimento do que é a conferência”, salientou.
Temas que foram debatidos na 7.ª Conferência das Cidades 2025 em Paranaguá
Foram apresentados três eixos principais, abordando temas referente a:
Eixo 1
- Articulação entre os principais setores urbanos e o planejamento das políticas públicas: políticas de habitação, direito à cidade e regularização fundiária; Instrumentos urbanos de planejamento e desenvolvimento; políticas de mobilidade e acessibilidade.
Eixo 2
- Gestão estratégica e financiamento: gestão interfederativa, cooperação e consórcios; gestão das regiões metropolitanas; controle social, gestão democrática das cidades e o Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano.
Eixo 3
- Grandes temas transversais: sustentabilidade ambiental e emergências climáticas; transformação digital e território.
Confira mais fotos do evento:



