Na manhã da quarta-feira, 21, foi iniciada em Paranaguá a 31.ª Edição do Cooperaportos, evento realizado pela Portos do Paraná e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) com programação até a sexta-feira, 23. Com o tema “Boas Práticas Socioambientais no Setor Portuário”, o Cooperaportos busca promover intercâmbio de conhecimento entre os portos do Brasil, bem como órgãos do Poder Público, empresários e atores do setor portuário e logístico nacional.
A abertura contou com a presença do diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, do diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana, da superintendente de ESG e Inovação da Antaq, Cristina Castro, da diretora de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Larissa Amorim, da diretora-executiva da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABPH), Gilmara Temóteo e da coordenadora de Pesquisas e Desenvolvimento da Associação Brasileira de Terminais Portuários Privados (ATP), Bárbara Cavalcanti.
Portos do Paraná
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, reforçou o protagonismo da empresa pública no cenário portuário nacional e nas práticas de sustentabilidade. “É um evento muito importante, pois reúne uma comunidade portuária nacional. Temos aqui a representação do Brasil inteiro, os órgãos federais, órgãos estaduais aqui discutindo sobre a agenda da sustentabilidade. Nada mais justo do que olhar o trabalho que a Portos do Paraná vem implementando ao longo dos anos, grandes ações em prol desta agenda sustentável, uma agenda de governança e transparência. Então, o Estado do Paraná, mais uma vez está dando exemplo daquilo que podem ser boas práticas espelhadas e replicadas no Brasil, mas também neste momento a gente pode discutir e escutar também o que os outros portos e agências estão promovendo no Brasil e quem sabe adaptar para cá, para que possamos cada vez mais crescer nesta agenda tão importante”, ressalta.
“Para nós é uma grande honra estarmos sediando o que a gente considera o evento mais importante , que trata de questões socioambientais, com práticas de ESG no segmento portuário brasileiro. Estarmos assim, em parceria com a Antaq, organizando isso, para nós é muito importante, pois temos algumas práticas que implantamos em nossas atividades socioambientais que consideramos serem de vanguarda e inovadoras e mostrar isso ao segmento portuário é importante, não apenas para demonstrar, mas para ser avaliado, julgado se aquilo que estamos fazendo de vanguara é o correto”, afirma o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Santana, destacando a oportunidade de aprender boas práticas com outros portos do Brasil. “Somos um segmento de logística altamente competitivo quando se fala em movimentação de cargas, mas somos muito solidários quando se fala em compartilhar experiências para solucionar um problema em comum, onde um exemplo disso é a questão das mudanças climáticas, as práticas de ESG, cuidado das pessoas, cuidado do planeta e distribuição dos excedentes, então esta seria a tríade principal dos princípios éticos da permacultura que estamos trazendo para dentro das nossas práticas”, completa.
Antaq e MPor
A superintendente de ESG e Inovação da Antaq, Cristina Castro, reforçou a expectativa positiva para o evento. “Que possamos compartilhar boas práticas e que a gente possa entender as especificidades do setor, afinal de contas, nós temos hoje na Antaq a regularização e fiscalização em torno de 250 portos, o Brasil é enorme. Nesse aspecto, temos especificidades muito diferentes, com pontos e boas práticas com clarezas e soluções muito díspares. O que a gente quer é aprender com soluções e problemas compartilhados e a partir disso pensar nos portos do futuro”, destaca, ressaltando também o protagonismo feminino na mesa de abertura com diversas mulheres representantes de órgãos federais e associações. “Fico absurdamente feliz, pois se olharmos para os dados que a própria Antaq fez em uma pesquisa há muito pouco tempo, apenas 17,5% do setor são mulheres e apenas 0,8% são mulheres em cargos de liderança. Hoje ver uma mesa assim significa que a gente vem mudando e isso só impacta positivamente o setor. Quanto mais mulheres sentarem à mesa, mais estão aptas a somarem com as grandes competências dos homens a desenvolverem o setor. Quanto mais inclusão, acessibilidade e diversidade, mais inovação”, complementa.
“Estamos na 31.ª realização do Cooperaportos. Foram 31 oportunidades que tivemos com a comunidade portuária e o Governo, em nome do Ministério de Portos, juntamente com a Antaq, de discutir com o setor, apresentar boas práticas, escutar os anseios, traçar os desafios, mapear os gargalos, para que a gente possa, como condutor da política pública portuária, endereçar os principais problemas. Agora, especificamente, nós vamos tratar de boas práticas socioambientais, que é a área que eu estou à frente no Ministério, então temos muita coisa boa para ser apresentada. A Portos do Paraná nos recebeu aqui para este evento e vai mostrar o que tem feito, o que temos de evolução, vamos falar de Índice de Desempenho Ambiental (IDA), de política ESG, mudanças climática, transição enérgica, medidas de mitigação para emissão de gases efeito estufa. Serão dois dias e meio de bastante trabalho e troca no setor portuário”, ressalta a diretora de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Larissa Amorim.
ABEPH e ATP
A diretora-executiva da ABEPH, Gilmara Temóteo, destacou que o evento é fundamental para o setor portuário brasileiro. “Nós, enquanto representante da ABEPH, que congrega todos os portos públicos do País, sejam delegados ou em docas federais, temos dentro do nosso escopo a Portos do Paraná, então só temos a parabenizar pela iniciativa e parceria dos órgãos de estar realizando o 31.º encontro Cooperaportos com um tema que é tão relevante para o setor. Muito se tem discutido e são encontros como este que vão trazer resultados significativos para que a gente possa trazer melhorias e plantar cada vez mais soluções benéficas para os portos brasileiros, colocando eles na ponta principalmente de tecnologia de inovação e sustentabilidade, trazendo cada vez mais competitividade e destaque para os portos brasileiros”, destaca.
“Este é o terceiro ano que a ATP participa deste evento como apoiadora, é o terceiro ano que Terminais de Uso Privado (TUPs) podem participar deste evento também, então é muito importante a inclusão desses novos terminais, são 270 terminais privados que hoje existem no Brasil. Então, estarem participando e poderem contribuir com as suas boas práticas, será algo fundamental para a ideia de cooperação que traz a Cooperaportos”, finaliza a coordenadora de Pesquisas e Desenvolvimento da ATP, Bárbara Cavalcanti.