Na noite da terça-feira, 14, foi realizada na Catedral Diocesana a abertura oficial da 14.ª edição do Fórum Diocesano Leão XIII, em Paranaguá, evento promovido e organizado pelo Colégio Diocesano Leão XIII em parceria com a Mitra Diocesana de Paranaguá, que conta com o apoio da Folha do Litoral News, Cattalini e outras empresas do município. O bispo diocesano de Paranaguá, Dom Edmar Peron, realizou o discurso inicial do fórum, que contou com programação com o tema “Somos diferentes e divergentes, mas não somos inimigos” na quarta-feira, 15, com a presença do professor universitário e psicólogo Marcelo Raymundo e alunos do Leão XIII em um bate-papo e apresentações, sendo que na quinta-feira, 16, o evento prossegue a partir das 20h sob o assunto ““Cultura do Encontro – Comunhão e Reconciliação”.
Dom Edmar Peron destacou que sempre se faz presente no Fórum Diocesano anualmente por ser bispo da Diocese de Paranaguá e pela sua relação direta com o colégio Leão XIII. “Entendo a importância deste evento, não só em uma questão eclesial, mas em algo que marca a cidade, uma vez que os temas abordados sempre possuem relação com o dia-a-dia da sociedade, partem sim de uma compreensão cristã da realidade, mas sempre com uma proposta apresentada à sociedade. Neste ano não é diferente, aquilo que para nós, cristãos, é o centro do Evangelho, mas que para a sociedade é base da convivência, para vencer as nossas divisões, guerras, pequenas ou grandes, as nossas intolerâncias. O fórum deste ano, com todos os percalços e mudanças que aconteceram de última hora, é para mostrar a nossa preocupação com uma sociedade marcada por aquilo de mais humano que existe, que é respeitar a outra pessoa como irmã, respeitar o outro como irmão”, destaca.
“O ponto de partida é a nossa compreensão cristão, de fé, mas o objetivo não é a questão da fé, mas é mostrar como a fé possui incidência na realidade social”, destaca, ressaltando que a fé possui relação com o papel cívico do cidadão perante a sociedade.
Diálogo, união e respeito e visão do Leão XIII
De acordo com a diretora pedagógica do Colégio Diocesano Leão XIII, Varseli Corrêa Farias, o evento é aberto à comunidade, com presença de estudantes, autoridades, instituições, paróquias e população em geral, com foco na abordagem de realizações de amizade, união e acolhimento, em oposto ao que ocorre em processos de ódio, divisão, guerras e diferença. “Com muita alegria, todos os anos, conseguimos construir este evento que é tão importante para a nossa comunidade escolar, enquanto alunos e professores, mas também para a comunidade em geral, porque este é um projeto fora dos muros da escola, que abrange toda a comunidade. Nesse sentido, o tema deste ano é ‘somos todos irmãos’, algo que vêm de encontro ao que a sociedade atualmente está precisando, visto que há tanta discórdia, intolerância, conflitos pequenos e grandes que se somam e que acabam deixando a vida da gente no dia-a-dia mais tumultuada do que feliz e em paz”, ressalta.
“O momento é de dialogar, ouvir os alunos, o que os especialistas falam, sendo uma forma de refletirmos sobre isso, trazendo luz sobre o que fazer, sobre como nós educadores podemos trabalhar isso com os nossos alunos e como levar isso para fora da escola, na sociedade, no trânsito, na Igreja, nos clubes, na nossa cidade”, destaca a diretora, reforçando a importância dos temas dos dois dias, em torno do diálogo e resolução de conflitos de forma pacífica e em comunhão, com interligação entre os temas dos dois dias de fórum na Catedral.
Secretária de Educação
A secretária municipal de Educação, Paula da Silva Inácio Pereira, destacou os assuntos continuamente relevantes para a sociedade desenvolvidos anualmente pelo Fórum Diocesano, reforçando a importância de interligar inclusão e respeito com a educação. “É algo que estamos discutindo, trazendo a importância da inclusão e de cada vez mais reforçar a vinda da família para perto. Enxergamos hoje a Catedral repleta de alunos com seus pais, familiares e profissionais, pensando, discutindo, refletindo a partir de conceitos, mas também de uma prática significativa para que cada vez mais se incluam as crianças. Nós, enquanto Prefeitura, temos uma defesa da inclusão em todos os espaços, com uma secretaria que traz esta demanda para o esporte, educação e cultura”, salienta, reforçando a importância do respeito às diferenças e união.
Doações às vítimas do Rio Grande do Sul
“Estamos pedindo doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, algo que não é obrigação, o evento é aberto ao público, não possuindo entrada e nem fins lucrativos. A gente apenas pede a doação de água mineral, algo necessário às vítimas. Nós já doamos um pouco, já chegou ao colégio muita doação, já enviamos isso, mas sempre é pouco, pela grandeza da situação e caos que está se instaurando”, finaliza a diretora Varseli.