Vinícius Cabral é um atleta paralímpico de destaque. Parnanguara de 16 anos tem treinado diariamente com um pensamento: fazer bonito no campeonato no Brasileiro de Atletismo Circuito Caixa.
Apesar da pouca idade, o paratleta tem representado Paranaguá com destaque
O campeonato será realizado de 1º a 3 de junho em São Paulo, reunindo atletas de todo o Brasil. O principal já foi conquistado que é índice para fazer parte da tão cobiçada competição.
“Ele obteve índice no ano passado e conseguiu classificação para participar da Primeira Fase do Circuito Caixa de Atletismo. Ainda este ano irá para a segunda fase. No final do ano irá buscar o tricampeonato no Brasileiro de Atletismo Circuito Caixa. Estas competições são de nível Nacional”, explicou a técnica do atleta, Silmara Franca.
Vinicius também irá participar de competições estaduais sendo uma delas o ‘Parajaps’ Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná.
“Se tudo correr bem, Vinícius é uma promessa para a Seleção Brasileira. Ele ainda é jovem e tem muita chance para isso. Nossa campanha de formação esportiva dele é a longo prazo. Mesmo sem condições ideais de treino (falta de pista de atletismo) estamos preparando o paratleta”, complementou.
A técnica Silmara enfatizou que a Petra era uma prova que não era oficial devido à pouca adesão no Brasil, que veio da Dinamarca. Porém aos poucos foi crescendo e hoje Paranaguá é uma das cidades pioneiras no Brasil junto a União da Vitória e Maringá.
“Graças a isto o Comitê Paralímpico Brasileiro aderiu a Petra e ela está inclusa como prova dentro do atletismo. Ele se prepara fisicamente em academia e realiza práticas no Aeroparque, participa de provas de velocidade que exigem potência de arrancada e força de velocidade. Daí a prática no Aeroparque. O ideal seria em pista. Ele é um paratleta muito focado apesar da idade, ele demonstra maturidade nas competições”, finaliza.
Petra: saiba mais sobre a modalidade
Criada na Dinamarca em 1989, chegou ao Brasil em 2009. É uma nova modalidade paradesportiva, do atletismo em que os atletas correm com os seus próprios pés. O atleta utiliza uma tricicleta (de três rodas), um guidão para direcionar, com suporte para o tronco um banco para assento, além de faixas, mas não tem pedal anexado. Predominantemente indicados para pessoas com paralisia cerebral. Adequado também para pessoas com distrofia muscular, doença de Parkinson e outras deficiências que afetam a mobilidade e o equilíbrio. De acordo com os profissionais da área, a Petra melhora a autoestima do atleta e dá possibilidades de sair da sua cadeira, para poder se locomover melhor.