Um grande sentimento de alegria. Assim o atleta da bocha paralímpica, classe BC4, Marcelo Santos, definiu a conquista da medalha de prata na Rio 2016. "Essa conquista foi a realização de um sonho. Trabalhei muito para estar aqui, as pessoas em que me espelhei estavam aqui e esse sonho se concretizou com essa medalha", disse.
Bolsista do programa Talento Olímpico do Paraná – TOP 2016, patrocinado pela Copel e que concede bolsas de R$ 150 a R$ 4 mil a atletas em vários estágios da carreira – inclusive jovens estudantes iniciantes no esporte – Marcelo treina, ao lado de outros esportistas, diariamente na sede da Secretaria do Esporte e do Turismo em Curitiba, em um espaço adaptado especialmente para atender os atletas.
"Gostaria de agradecer a minha família, amigos, a todos os paranaenses que torceram por mim e também fazer um agradecimento especial ao Governo do Paraná, ao Talento Olímpico, ao secretário (do Esporte e do Turismo) Douglas Fabrício e sua equipe, que não mediram esforços para dar total apoio não só a mim, mas a 1.600 atletas que fazem parte do programa", concluiu.
Marcelo conquistou a prata ao lado dos parceiros Eliseu Santos, seu irmão, e Dirceu Pinto, na categoria de pares mistos. O técnico da equipe, Darlan França, também é bolsista TOP. Ao todo, 16 atletas e dois técnicos integrantes do TOP 2016 estiveram nas Paralimpíadas.
"Foi emocionante! É o mínimo que posso dizer ao assistir ao Marcelo Santos, paranaense, que treina em nossa Secretaria de Esporte, jogar bocha durante a Paralimpíada do Rio e ficar com a medalha de prata na modalidade BC-4, disputada por pessoas com enfermidades degenerativas", comentou o governador Beto Richa, ao acompanhar a conquista. "Marcelo é mais um dos atletas com apoio do programa Talento Olímpico do Paraná (TOP), que nos causa muito orgulho. Além do Marcelo, também a Ágatha Bednarczuk Rippel, que conquistou a medalha de prata, no vôlei de praia em dupla com Bárbara Seixas, durante os Jogos Olímpicos, é uma atleta do TOP. Eles causam um orgulho desmedido a todos os paranaenses. Parabéns, Marcelo! Parabéns, Ágatha!", comemorou Richa.
RESULTADOS
“Estes bons resultados que obtivemos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio demonstram que o Paraná está no caminho certo em todos os níveis do esporte: escolar, participação e rendimento. Mostram a importância de acreditar no esporte, nos nossos atletas, técnicos e professores. A importância da parceria com os municípios e empresas", comentou o secretário Douglas Fabrício. "As medalhas de prata da Ágatha no vôlei de praia e do Marcelo Santos na bocha adaptada expõem a importância de o Poder Público investir no esporte como ferramenta de inclusão. E não podemos citar somente os medalhistas. Temos a Márcia Menezes que conquistou uma bela colocação no halterofilismo, sendo a quinta melhor do mundo, por exemplo, a nadadora Beatriz Carneiro, de apenas 18 anos, que terminou em 5.º lugar nos 100m peito, entre ouros talentos”, concluiu Fabrício.
O secretário também mencionou o protagonismo de atletas paranaenses nas Paralimpíadas, que envolveram toda a população brasileira. “Os Jogos Paralímpicos adquiriram um status diferente após a realização no Rio de Janeiro. O evento bateu recorde de público e demonstrou o poder de superação de atletas portadores de alguma deficiência. Os brasileiros não tinham a real dimensão do talento destes atletas. Estamos satisfeitos por contar com diversos paranaenses como exemplo de sucesso no Brasil e no mundo”, diz.
O Brasil terminou a competição em oitavo lugar, com 72 medalhas: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. Apesar de não conquistar medalhas, outros paranaenses do TOP também se destacaram na competição.
O trio Anderson Silva, Daniel Jorge e Carlos Jacó – da seleção brasileira de vôlei sentado – terminou na 4.ª posição, assim como o mesatenista Welder Knaf, 4.º colocado na disputa por equipes, classe funcional 3.
Edevaldo Pereira terminou na 7.ª posição no lançamento do dardo, classe F44, fazendo a melhor marca da sua carreira. A distância foi recorde sul-americano. Quem também bateu o recorde sul-americano foi a nadadora Beatriz Carneiro, que terminou em 5.º lugar nos 100m peito.
COM/SEET