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Experiência é arma da seleção feminina de handebol nas Olimpíadas

Das 14 convocadas por Morten Soubak, apenas três são estreantes na competição

Experiência. Essa é a palavra que melhor define a seleção brasileira feminina de handebol, que vai brigar pela inédita medalha para a modalidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Das 14 convocadas pelo técnico Morten Soubak, apenas três são estreantes na competição: a goleira Babi, a central Franciele e a pivô Thamires. As demais já estiveram presentes em, pelo menos, uma edição. É o caso das pivôs Daniela Piedade e Fabiana Diniz, a Dara, que disputaram as três últimas. O grupo fez um treino aberto à imprensa na manhã de terça-feira, 26, no Centro de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde está concentrado.

A paulista Daniela Piedade, de 37 anos, sendo 16 deles dedicados à seleção, conta que as mais jovens a chamam de tia Dani. "Não ligo, gosto muito. Considero um afago. Vamos passando a nossa experiência uma para as outras. Isso é equipe", comentou a jogadora, que já anunciou sua aposentadoria após os Jogos Olímpicos do Rio. "Venho planejando e agora quero encerrar minha carreira com chave de ouro em casa", disse, confiante em um bom desempenho da seleção. "Ainda não sei como será essa despedida, mas de uma coisa tenho certeza: independente do resultado, vou chorar muito após o último jogo". 

A jogadora é dona de uma bonita história de superação. Ela sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que travou seu lado direito após os Jogos Olímpicos de Londres 2012, deu a volta por cima e, em 2013, fez parte da equipe que conquistou o título no Mundial da Sérvia, a maior conquista do handebol nacional. "Tudo isso passou e me sinto muito bem. O AVC me impulsionou para ficar ainda melhor. Sou muito positiva e isso ajudou", contou. "O que fica de todos esses anos na seleção é o sentimento de gratidão. Já tivemos a glória de conseguir o título mundial. Uma medalha aqui no Rio seria sensacional". 

A também veterana Dara, de 35 anos, natural de Guaratinguetá (SP), ensina que é preciso não se deixar levar pela grandiosidade do evento. "Qualquer tipo de deslumbramento pode fazer perder o foco. Tanto na parte física quanto técnica e mental estamos no melhor momento. Mas é uma competição de muito equilíbrio", afirmou, lembrando que apesar do adversário difícil da estreia, a Noruega, atual campeã mundial e olímpica, o Brasil tem a seu favor a raça e a alegria de jogar. "Estreia é difícil para todo mundo. Precisamos anular os pontos fortes delas. A Noruega é favorita ao título por seu histórico, mas estamos jogando em casa", lembrou Dara, que também encerrará sua carreira após os Jogos Olímpicos. "Quero engravidar".   

O técnico dinamarquês Morten Soubak, que desde 2009 comanda o handebol feminino do Brasil, diz que sua equipe vai dar o máximo para conquistar a sonhada medalha olímpica. "O grupo é bem experiente. Estamos felizes de chegar aqui. Cada jogadora tem seu próprio perfil e todas representam um papel importante no grupo", afirmou o treinador, que aproveitará os amistosos contra Holanda e Argentina para ajustar os últimos detalhes.

O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos no dia 6 de agosto contra a Noruega, o mesmo adversário que eliminou as brasileiras nas quartas de final dos Jogos Londres 2012. Depois enfrenta, na sequência, Romênia, Espanha, Angola e Montenegro, fechando a primeira fase. A partir do dia 16 começam as quartas, semifinais e final.

 

Informações: COB
Foto: Ana Patrícia/COB

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