Recorde de medalhas conquistadas (21); maior número de ouros em uma edição (7), igualando o Rio 2016; e pódios em 13 modalidades, outra marca inédita no evento. É dessa forma que o Comitê Olímpico do Brasil e o Time Brasil encerram a melhor participação de sua história em Jogos Olímpicos, em 12.° lugar no quadro de medalhas (7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes).
“Entregamos o que tínhamos como meta, que era superar o Rio 2016. Estar em 12.° lugar no mundo, numa competição com 206 países, é um índice importante. Tenho convicção que o trabalho foi feito com muito gosto, vontade e determinação. Entregamos o que tínhamos como meta, e estamos satisfeitos com o resultado”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley.
Esta é apenas a segunda vez que um país apresenta melhora de resultados após ter sediado os Jogos na edição anterior. Antes, somente a Grã-Bretanha havia alcançado tal feito: abrigou o evento em Londres 2012 e obteve um desempenho superior no Rio 2016.
Um dos trunfos desta campanha foi o desempenho feminino. Pela primeira vez, as brasileiras conquistaram três ouros em uma edição e totalizaram nove pódios (foram ainda quatro pratas e dois bronzes). Ao todo, as mulheres conquistaram 42,3% das medalhas do país, superando os 41,2% de Pequim 2008 (dois ouros, uma prata e quatro bronzes).
“Tivemos uma evolução consistente no quadro de medalhas nas últimas quatro edições dos Jogos. Os números são extremamente relevantes no cenário internacional. Um dos principais objetivos desta Missão era oferecer momentos de alegria e emoção à população brasileira, em relação aos atletas, ao país e à valorização do brasileiro. Alcançar isso é motivo de satisfação para o COB”, falou o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara.
O Time Brasil se despediu oficialmente de Tóquio 2020 na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos, realizada na noite de domingo no Japão (manhã no Brasil), celebrando a superação dos japoneses, que conseguiram organizar de forma bem-sucedida a 32.ª edição do evento, apesar das incertezas causadas pela pandemia.
Coube à ginasta Rebeca Andrade, ouro no salto e prata no individual geral, carregar a bandeira brasileira na despedida dos Jogos. Ela esteve acompanhada por Francisco Porath, seu treinador; Hebert Conceição, campeão olímpico de boxe (até 75kg); Sebastián Pereira, Sub-chefe de Missão; Ana Carolina Côrte, coordenadora médica do COB; e Bira, funcionário mais antigo do COB, que representou os colaboradores da entidade.
“Foi uma sensação maravilhosa, uma emoção enorme. É difícil até descrever o que estou sentindo. Fui escolhida para ser a porta-bandeira, mesmo diante de tantos atletas maravilhosos e incríveis. Estou muito feliz e honrada. Hoje está sendo um dos melhores dias de toda a minha vida”, afirmou Rebeca.
A escolha de Rebeca como porta-bandeira é uma homenagem e um reconhecimento à ascensão das mulheres no esporte brasileiro, que bateram o recorde de pódios em uma edição olímpica.
A partir de agora, o COB direciona suas atenções aos Jogos Olímpicos Paris 2024. O COB já realizou duas viagens à capital francesa, e uma terceira está prevista para outubro deste ano. Neste intervalo de tempo, o Time Brasil terá diversas competições preparatórias, como os Jogos Pan-americanos Júnior Cali 2021, os Jogos Sul-americanos Assunção 2022 e os Jogos Pan-americanos Santiago 2023.
Com informações do COI – Comitê Olímpico do Brasil