Empreendedorismo

Empreendedora cresce no ramo hoteleiro com foco no atendimento diferenciado

Ane Hermann Pereira e o marido investiram em uma hospedaria e um hotel em Paranaguá

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Ane Hermann Pereira já foi babá, atendente e gerente de loja e hoje, ao lado do marido Eliézer Pires, comanda uma hospedaria e um hotel em Paranaguá. A visão do empreendedorismo sempre fez parte da vida dela, que começou muito cedo a correr atrás dos seus sonhos.

Há dois anos, o casal decidiu investir em uma hospedaria em Paranaguá e a ideia deu certo. “Fizemos primeiro a hospedaria ASP há dois anos com três quartos e vimos que deu um resultado bacana. Fizemos mais suítes e vimos que começou a lotar. No começo, eu que limpava, organizava, foi tudo muito rápido. Agora, estamos reformando para deixar com cara de pousada e vamos fazer um espaço Garden. Queríamos dar essa opção para quem não pode pagar por um hotel mais caro. Fizemos tudo com muito capricho”, relatou Ane.

Novos desafios

Com o primeiro negócio encaminhado, Ane fez uma nova aposta. Com o antigo hotel San Rafael, na Rua Julia Costa, no centro de Paranaguá, fechado, ela identificou uma oportunidade. “Conseguimos localizar o proprietário e negociamos. Agora temos um novo desafio, conseguimos gerar um capital com a hospedaria e junto a um terceiro sócio Alecsandro Bau, criamos o Porty Brasil Hotel. São 46 suítes que estavam há quase três anos fechadas, tinha muita coisa para a gente resolver. Na primeira semana, limpamos o telhado, deu uma chuva forte e molhou todos os colchões, na semana seguinte aconteceu tudo de novo. Tivemos que comprar tudo novo, foram vários percalços, é muito difícil também arrumar equipe, são quase 20 funcionários”, contou Ane.

O hotel passou a se chamar Porty Brasil e tem recebido executivos que estão em Paranaguá à trabalho. “Hoje, temos uma outra visão do negócio, de estruturar o financeiro, mas tem sido uma experiência bem bacana. Vimos que evoluímos, conseguimos alinhar uma boa equipe”, disse Ane.

Para ela, a mudança de atuação profissional fez ela pensar que tinha voltado à estaca zero. “Demorei para sair do meu emprego porque tinha medo, queria muito que as coisas acontecessem, e chegou em um momento que não tinha mais como conciliar as duas coisas. Foi uma decisão difícil, falei que cheguei em uma estaca zero, no sentido de dar muito certo ou dar muito errado. A vida é assim, a gente tem que arriscar. Sempre disse que queria fazer parte dos 5% e para isso tem que arriscar, com sabedoria e cautela, mas acho que é preciso fazer diferente”, afirmou Ane.

Determinação 

Desde cedo, com a decisão de começar a trabalhar de babá ainda na adolescência, ela já sabia que era a responsável por determinar o seu futuro. “Sempre quis o melhor para mim. Com 20 anos comprei meu primeiro apartamento, com 22 já tinha meu carro. Mas, nunca tive ajuda de pai e mãe, tive que correr atrás sozinha e essa foi mais uma vez que eu arrisquei. Hoje sei que sou um orgulho para eles. Tem sido um tempo de muito aprendizado”, contou a empreendedora.

Atendimento

Uma das prioridades de Ane é oferecer um bom atendimento, o que, segundo ela, tem feito a diferença na prestação do serviço. “Em Paranaguá temos muitas reclamações de atendimento e hoje quem procurar por referências vai ver que o nosso atendimento é muito bom. Falo para os funcionários que tem que tratar todos bem desde o café da manhã, pois são eles que pagam o salário. Aprendi muito no comércio, por isso trago muitas dessas experiências”, relatou.

Recado aos pequenos empreendedores

Segundo ela, empreender é lidar com incertezas. “A gente precisa ter jogo de cintura. Mas a vida é isso, é tentar ainda que não dê certo levantar e continuar. Nunca deixar de sonhar, se tiver que ficar de madrugada fique, se tiver que voltar a estudar, volte. Não se acomodar e não ter a expectativa de ficar rico em um ano, existe um processo, muitas pessoas empreendem e desistem pelas dificuldades mesmo. A minha dica é ter paciência com o processo de liderar e ter autoconhecimento. E o atendimento faz toda a diferença, esse carinho e cuidado com o próximo, independente se você vende um bombom ou se trabalha em um escritório”, finalizou Ane.

Ela também ressaltou a importância da parceria com o marido nessa caminhada do empreendedorismo. “Tenho uma parceria com meu marido, eu não teria conseguido sozinha. A gente fala muito que um dá força para o outro e sabe que não se conquista nada sozinho e, nesse sentido, nós nos damos muita força “, enfatizou Ane.

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.