Empreendedorismo

Cabeleireira há 25 anos conta como é atuar com um setor que cresce a cada ano

Brasil é o 4.º maior mercado consumidor de beleza do mundo

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Considerada cabeleireira desde que nasceu, Eliane Araújo da Silveira, proprietária do Salão de Beleza Rosa, herdou da mãe a profissão. Apesar de ser formada em pedagogia e especializada em Administração Escolar, e exercer a área por alguns anos, foi no salão que sua carreira foi construída.

“Me criei dentro do salão, minha mãe via as minhas dificuldades com duas filhas pequenas e comecei a me dedicar ao salão pela flexibilidade de horário, além do lado financeiro que era melhor. Eu abri meus olhos e vi que ela tinha razão em querer que eu seguisse a área dela. Tudo que aprendi, o básico da profissão, foi com ela. Aprendi a prática e depois a teoria. Depois me interessei mais pela área da beleza e comecei a fazer cursos”, contou Eliane.

Para ela, o mercado da beleza abre muitas possibilidades e exige criatividade do profissional. “Sempre tive a criatividade muito aguçada. Fui me aperfeiçoando em cortes e químicas e já estou há cerca de 25 anos na área”, relatou Eliane. 

“Me realizo quando chego para trabalhar, porque amo o que eu faço”, contou Eliane sobre a profissão

A ausência de rotina de um salão de beleza é um desafio, mas também uma oportunidade de atender a expectativa das clientes. “A cliente chega na minha cadeira e diz o que quer e a gente tem que conversar e explicar e o desafio é entregar o melhor possível para surpreender. Aconselho quem está na área a se aperfeiçoar porque é um ramo muito bom e um mercado em crescimento”, disse.

Mercado da beleza

O Brasil, segundo o Sebrae, é o 4.º maior mercado consumidor de beleza do mundo, movimentando cerca de 23 bilhões de dólares ao ano. Com isso, as novidades aparecem a todo o tempo e sempre há algo novo para o profissional conhecer.

“’A vaidade da mulher não acaba, cada hora tem um produto novo, uma novidade. A cada lançamento, são produtos e ferramentas que facilitam o nosso dia a dia, eu vejo que no tempo da minha mãe a cliente vinha para o salão e ficava horas, pois não tinha tudo que temos hoje”, destacou Eliane.

Clientes

Devido ao salão existir há muito tempo, Eliane conseguiu manter clientes que ainda eram de sua mãe e atender novas gerações. “Conhecemos famílias inteiras de clientes, é uma troca muito boa, tem muita interação. Também não podemos deixar de falar do bom atendimento, não adianta sermos boas profissionais, ter um empreendimento luxuoso, bons equipamentos, se não damos um bom atendimento”, considerou Eliane. “A gente vende a nossa mão de obra e também lidamos com o emocional das pessoas. Cada uma que chega é uma conversa e o tempo passa rápido”, completou.

Empreender

Segundo Eliane, o empreendedor que decide abrir o seu negócio, não pode ter uma visão imediatista. “Tudo tem um prazo para dar retorno. Quem abre um salão de beleza hoje tem que pensar no melhor, tive o privilégio de pegar um negócio que já estava andando, mas fui crescendo e não foi do dia para a noite. O salão é algo fácil de abrir, mas temos que fazer o empreendimento dar lucro e satisfação, tem que gostar do que faz. Sem persistência e paciência nenhum empreendimento dá certo”, afirmou.

Com um setor sempre aquecido e com novos espaços sendo abertos diariamente, Eliane acredita que a concorrência existe, mas que ajuda no crescimento. “A competitividade ajuda, não vejo meu colega de trabalho ou o salão do lado como concorrente, é bom ter isso, porque assim as clientes têm a opção de escolher. Por isso que quando chega uma cliente a gente tem que entregar o melhor trabalho. Tem muita gente boa no mercado e se destaca em alguma coisa”, destaca.

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.