Educação

Semedi Paranaguá adota estratégias para melhorar níveis de alfabetização

Mesas alfabéticas digitais já são utilizadas pelas escolas municipais

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Avaliação nacional revela que mais de 400 mil pessoas não sabem ler nem escrever

A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) revelou dados importantes e também alarmantes quanto à alfabetização no Paraná. Mais da metade dos alunos do 3.º ano do Ensino Fundamental da rede pública têm níveis de leitura considerados insuficientes. Além disso, avaliação concluiu que mais de 400 mil pessoas não sabem ler nem escrever no Paraná.

Realizada em 2016, a ANA avaliou mais de 2 milhões de crianças, dentre as quais 55% demonstraram desempenho insuficiente em leitura e 34% em escrita. Os avaliados estão matriculados e frequentam a escola diariamente, mas não sabem ler e escrever como deveriam. Em alguns casos, sabem ler, mas não compreendem o que leem; em outros, escrevem, mas cometem erros básicos de ortografia e gramática.

BUSCA PELO ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE

A avaliação é dividida em níveis de proficiência. Em Paranaguá, por exemplo, no caso da leitura, 12,72% dos estudantes ficaram no nível 1; 40,98% no nível 2, 35,56% no nível 3 e 10,74% no nível 4. Ou seja, a maioria dos estudantes avaliados está no nível 2 de leitura. Já o nível de proficiência na escrita, a maioria dos estudantes ficou no nível 4 (73,55%), entre cinco níveis.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação de Paranaguá, o índice estadual preocupa, mas está longe de ser desanimador. Pelo contrário, ajuda a nortear os trabalhos na busca da melhoria do ensino público de qualidade.
A secretária municipal de Educação, Vandecy Dutra, disse que as crianças que se enquadraram no nível 2 estão no processo de alfabetização, conseguem reconhecer e interpretar textos e figuras. Segundo ela, projetos e parcerias têm ajudado a incentivar a leitura nas escolas do município.

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A secretária municipal de Educação, Vandecy Dutra, e o diretor de Departamento de Ensino Fundamental, Ronaldo Cardoso Alboite, relatam como acontece o trabalho de alfabetização no município

“Temos empresas em Paranaguá que estão investindo no prazer da leitura aliado a projetos dentro da escola. Recentemente também adquirimos as mesas alfabéticas digitais, que são mais interessantes para eles, quando está aliada à tecnologia”, afirmou Vandecy. “São dados que não podem ser ignorados, temos que considerar, pois sempre podemos melhorar”, completou a secretária.

Alfabetizar alunos dessa nova geração bastante ligada à tecnologia e respostas rápidas é um desafio para os profissionais. “A educação tem que ser atrativa, eles têm um número e um grau de informação muito grande, chega muito rápido, mas o conhecimento vai da mediação dessas informações dentro das instituições de ensino. Por isso temos que deixar a educação mais atrativa para que este avanço chegue até a criança”, destacou Vandecy.

MUTIRÃO DE LEITURA

Como forma de buscar melhorar os resultados dos índices de alfabetização, é aplicado hoje nas escolas municipais o Mutirão de Leitura em cada semestre. “Desta forma conseguimos ver os avanços de cada escola e aquela que tem baixo rendimento realizamos formação aos professores, cobramos mais e ajudamos com estratégias diferentes. Começamos a trabalhar com mais ênfase onde estava defasado. Duas delas foram a escola Professora Francisca Pessoa Mendes e a Arminda Souza Pereira, que melhoraram muito”, revelou Vandecy.

O Mutirão de Leitura revela um indicador próprio para que o município possa acompanhar com mais frequência a evolução de cada aluno e escola. “Realizamos no primeiro semestre, apresentamos à equipe pedagógica e aos diretores das escolas. A partir daí traçamos as estratégias para que os dados melhorem”, acrescentou o diretor de Departamento de Ensino Fundamental, Ronaldo Cardoso Alboite.
 

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