Neste ano, os cerca de cinco mil professores da rede estadual de ensino dos municípios litorâneos poderão acompanhar a distribuição de aulas em tempo real. A presença do professor na escola para a distribuição ainda é necessária, mas o acompanhamento poderá ser feito de forma on-line. Além disso, houve mudanças relacionadas à hora-atividade, as quais fazem parte das resoluções do Governo do Estado.
De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, o critério para a escolha das aulas será para aqueles que atuaram mais tempo na escola. A necessidade de distribuir aulas extraordinárias surge quando o Estado já atribuiu aulas a todos os seus professores efetivos, mas "sobram aulas", ou seja, é preciso professores para supri-las.
No dia 1.º de fevereiro, começa a distribuição de aulas na rede estadual, momento em que os docentes devem procurar pela sua escola de lotação, com um diferencial. “Este ano, entramos com um novo sistema, o RH SEED. Nós, enquanto Núcleo, e os professores poderão acompanhar o processo de distribuição das aulas em tempo real. Os professores poderão acessar a vida profissional deles, a escola etc.”, explicou a coordenadora de Recursos Humanos do Núcleo de Educação de Paranaguá, Izabel Cristina Vieira de Souza. Todo o cronograma estará divulgado no portal da Secretaria de Estado da Educação, no qual os professores já possuem uma senha de acesso.
Os professores cadastrados no Portal terão a liberdade de acompanhar quantas aulas já foram preenchidas e quantas estão sobrando. “Tudo isso será realizado de forma muito transparente, já era transparente, mas agora, a pessoa tem acesso direto”, enfatizou a chefe do Núcleo Regional de Educação, Selma Camargo Meira.
Em uma reunião realizada no fim do ano passado, a novidade foi confundida pelo fato de acreditarem que a distribuição seria feita de forma on-line, mas os professores terão que se dirigir até as escolas da mesma forma como aconteceu nos anos anteriores. “A distribuição é presencial. À medida que escolhem as aulas, o sistema dá baixa”, enfatizou Selma.
A quantidade de aulas foi definida no último dia 20, quando as escolas fecharam o número de turmas. “Foram baseadas no número de matrículas. Agora no dia 30 teremos a quantidade de turmas em cada escola de Ensino Fundamental, Médio, Educação Profissional e dos Programas de salas de recurso, professor de apoio e intérprete”, informou Selma.
HORA-ATIVIDADE
Segundo informações da Agência Estadual de Notícias, a lei prevê que o professor fique dois terços de sua carga horária em sala de aula e o restante como hora-atividade. “O Paraná dá mais de um terço para hora atividade e vai continuar respeitando a lei. De uma carga de trabalho de vinte horas semanais, 12h30 serão em sala de aula e 7h30 para hora-atividade, considerando-se a hora-relógio (60 minutos) para o cálculo”, destacou a Agência.
“Tudo isso será realizado de forma muito transparente”, afirmou a chefe do Núcleo de Educação de Paranaguá, Selma Camargo Meira
A medida visa a gerar menos contratos temporários, atendendo ao Tribunal de Contas, já que durante o ano passado, foram cerca de 27 mil profissionais temporários contratados na educação em todo o Estado.
Foto: AEN