Educação

Professores estaduais podem cruzar os braços em março

Governo diz que lamenta decisão tomada pelo sindicato que representa a classe

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Uma paralisação dos profissionais de educação está marcada para 15 de março. De acordo com o diretor de comunicação da APP Sindicato, Núcleo de Paranaguá, Hermes Goldenstein, a data 15 de março foi retirada da conferência do Conselho Nacional dos Trabalhadores em Educação visando primeiramente a questão da Reforma da Previdência. “Também colocaremos nossas pautas relacionadas ao governo a partir do dia 15 de março em uma possível greve geral que tem a tendência de parar o País inteiro”, afirmou.

Quanto às reivindicações específicas da classe no Paraná, Goldenstein disse que a hora atividade é um dos motivos. “Estamos trabalhando especialmente com o ataque que sofremos com a redução de hora atividade dos profissionais. Passaremos realmente, como diz o governo, mais tempo com o aluno. Contudo, passar mais tempo com o aluno não significa mais qualidade de ensino”, citou.

O professor informou ainda que os profissionais estarão unidos a outras categorias. “A partir do dia 15 a tendência é se tornar uma greve nacional envolvendo várias categorias. Goldenstein disse que de acordo com a última assembleia realizada no sábado, 11, a intenção é trazer a comunidade escolar para mais perto dos profissionais através da hora atividade legal que trata de reuniões junto a comunidade no entorno das escolas com a presença de pais, alunos, lideranças comunitárias e religiosas.

 

GOVERNO DO ESTADO

Através da Assessoria de Comunicação da Casa Civil, o Governo do Estado ressalta que lamenta a decisão tomada pelo sindicato e acredita que grande parte do magistério é contra uma nova greve.  Em nota, informou ainda que o governo está sempre aberto ao diálogo, fez diversas reuniões com o sindicato dos professores para expor a situação fiscal do Estado, e já manifestou que o maior desafio neste momento de crise é manter o equilíbrio das contas públicas. Diferente de outros Estados, o Paraná está garantindo que vai pagar os salários e demais benefícios em dia.

Sobre uma possível reunião com a APP Sindicato para discutir a situação e abrir negociação para evitar a paralisação, o Governo do Estado salientou que antes da assembleia da APP, o governo fez um apelo ao sindicato dos professores para que não haja paralisação das atividades na rede estadual. “O Estado pondera que não pode recuar nas decisões que reorganizam a atividade docente, conforme exigência do sindicato, em razão da necessidade de manter os professores mais tempo em sala de aula. A greve é uma atitude radical que prejudica diretamente um milhão de alunos e suas famílias. As últimas paralisações também deixaram prejuízos próximos a R$ 100 milhões aos cofres públicos, em contratações de temporários para reposição de aula, merenda estragada e transporte escolar fora do período letivo tradicional”, ressaltou.

 

Foto Tiago Tavares

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