A Unespar (Universidade Estadual do Paraná), campus Paranaguá, tem um projeto pioneiro que transforma couro de peixe em artesanato. A iniciativa é desenvolvida desde 2008 e, agora, um contrato firmado com a Cattalini Terminais Marítimos vai possibilitar que esses produtos cheguem até clientes da empresa no Canadá e demais países da América do Norte.
Ao longo de seus 15 anos, o programa de extensão Couro de Peixe já enviou artesanatos para vários países, como Japão, Alemanha, Espanha, Noruega, entre outros. Para Kátia Kalko, coordenadora do projeto, exportar esse material significa expandir os conhecimentos acerca do artesanato com o couro de peixe, já que entra na categoria de couro exótico, segundo o mercado internacional.
Foto: Divulgação/Unespar
“Há pouco conhecimento de outros países, até do nosso País, com relação ao couro de peixe e é interessante porque quando as pessoas pegam couro de peixe, a primeira coisa que elas fazem, é cheirar pois acham que o couro cheira peixe, quando na verdade tem cheiro de couro como qualquer outro”, explicou Kátia.
Em fevereiro deste ano, o projeto recebeu novos equipamentos provenientes do termo de convênio entre a Unespar e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGFPR). Foram entregues um freezer, um notebook, uma centrífuga e uma bomba de 4000 l/h, que poderão fomentar as atividades do programa.
Foto: Divulgação/Unespar
“A aquisição desses equipamentos é fundamental até para aumentar a nossa produtividade e pode aumentar, claro, a nossa produção e a exportação para outros países”, reforçou Kátia.
Como funciona
O programa Couro de Peixe da Unespar Paranaguá foi criado em 2008 e tem como finalidade utilizar a pele do peixe, que geralmente é jogada no ambiente, em lixo comum ou enterrada, para a confecção de artesanatos, gerando trabalho e renda para as comunidades ribeirinhas dos municípios de Paranaguá, Matinhos, Guaraqueçaba e Pontal do Paraná.
O Couro de Peixe é preparado para a produção no Curtume Comunitário de Pontal do Paraná. Para que a pigmentação das peças não desbotasse quando em contato com a água, foram feitos diversos experimentos e atualmente o mercado coureiro conta com um novo produto de qualidade para a comercialização.
Com informações da Unespar
