Na sexta-feira, 22, o Núcleo Regional de Educação realizou o Encontro Regional sobre Segurança Escolar, para discussão sobre a mediação de conflitos dentro das escolas. O evento foi voltado para diretores e membros da equipe pedagógica das escolas estaduais, secretarias municipais do litoral e escolas particulares.
O encontro iniciou com uma palestra na área de assistência social e prosseguiu com explanações do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária e estudos de casos da Ouvidoria geral da Secretaria de Estado da Educação.
A chefe do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá, Selma Camargo Meira, frisou que é importante levar essas informações aos educadores. “O objetivo é que o diretor saiba trabalhar com situações de conflitos, conversando com estratégias adequadas porque evita que haja denúncias. É uma forma de desenvolver bons valores e ter elementos para que possam fazer isso com fundamentos. Pela manhã, trouxemos a Joice Figueiredo, que falou sobre a situação da assistência social, pois temos o conceito de políticas públicas antigas e precisamos torná-las um pouco mais contemporâneas para entender que os riscos sociais estão em todas as classes”, afirmou Selma.
Professora Andrea Rosa, a chefe do Núcleo Regional de Educação, Selma Meira, e a ouvidora da Secretaria de Estado da Educação, Margarete Maria Lemes, ressaltaram a importância de capacitar os profissionais
MANUAL DE SEGURANÇA
No período da tarde, membros da Secretaria Municipal de Educação falaram sobre o manual de segurança escolar desenvolvido e encaminhado para escolas de todo o Estado. A professora Andrea Rosa foi uma das que ajudaram na elaboração do Manual. “Foi feito com perguntas, respostas e o passo a passo para cada situação. Percebemos que as maiores dúvidas das escolas eram em saber lidar com situações de violência, como porte de arma branca, saber como proceder se o aluno estiver com uma faca e muito sobre a questão de drogas”, contou Andrea.
Encontro ajuda na convergência de esforços para lidar com os problemas enfrentados nas escolas no que tange à segurança
OUVIDORIA
Margarete Maria Lemes é ouvidora da secretaria de Estado da Educação e afirmou que não há uma receita única para a resolução de conflitos dentro da escola, mas encontros como este ajudam na convergência de esforços para lidar com os problemas. “Cada caso tem um contexto, tem uma causa, tem personagens e, às vezes, um detalhe muda a indicação. Por isso, quando fazemos essa convergência, fazemos com que as pessoas pensem de maneira técnica”, destacou.
Na concepção da Ouvidora, o principal viés que precisa ser trabalhado é a solução amigável de conflitos. “Com isso, conseguimos reduzir bastante o número de ocorrências, de encaminhamentos para processos, tudo acontece neste preventivo. A Ouvidoria é um canal de comunicação com o cidadão. Por muitos anos, as pessoas achavam que por estarem no serviço público não eram vistas. Com a lei de acesso à informação hoje, nós prestamos contas a todo instante”, declarou Margarete.
Segundo a profissional, a realidade das escolas mudou ao longo dos anos e é preciso se adaptar à diversidade. “Antigamente, as escolas eram seletivas. Hoje, temos uma escola inclusiva. E pagamos o preço porque a realidade é outra e nem sempre estamos preparados para tanta diversidade. Mas é uma classe que aprende muito rápido e está sempre se modernizando e um evento como este é ótimo, porque busca esse entendimento comum”, concluiu Margarete.