Há uma parcela da população que ainda não sabe ler e a escrever no Brasil, um obstáculo a ser combatido pelo Programa Alfabetiza Paraná. O objetivo da iniciativa é transformar a vida de jovens, adultos e idosos com a alfabetização e oferecer a educação inclusiva. As inscrições para o programa terminam nesta quinta-feira, 15, em todo o Estado.
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Educação, visa atender até 17 mil estudantes, distribuídos em mais de 1.200 turmas nos 399 municípios com início em maio de 2025. Os estudantes terão acesso a alimentação, caderno de atividades e kit de material escolar. O financiamento provém de um saldo remanescente repassado pelo Governo Federal por meio do Programa Brasil Alfabetizado – PBA.
O objetivo é zerar o analfabetismo, como afirmou o chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranaguá, Paulo Penteado. “Ainda temos indicadores que nos preocupam. Enquanto tiver uma pessoa não alfabetizada nos preocupa. Mas o objetivo do Paraná é zerar o número de pessoas analfabetas, já temos outros Estados que conseguiram zerar. Nós já tivemos no Paraná, historicamente, outros programas também”, disse Paulo.
Está em funcionamento em Paranaguá outros programas para quem não frequentou a escola no tempo correto, como o Ceebja (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos) e a EJA (Educação de Jovens e Adultos). Paulo explicou a diferença entre estes e o Alfabetiza Paraná.
“O programa de alfabetização é voltado para, principalmente, pessoas idosas, de idade um pouco mais avançada, que lá atrás não conseguiram frequentar a escola em nenhum momento ou por muito pouco. O objetivo do programa que vai ser iniciado nos próximos dias, é atender esse público não alfabetizado”, ressaltou Paulo.
Aulas
As aulas do Alfabetiza Paraná começam neste mês de maio. São aulas presenciais nas 1.214 turmas do programa, duas vezes na semana, com carga horária de 300 horas e duração de seis meses, com dois encontros semanais.
Inscrições
A inscrição pode ser feita pela internet por meio do LINK. Outra opção é procurar a secretaria da escola ou colégio estadual mais próximo. “Na hora de fazer a inscrição, a pessoa escolhe em qual polo quer fazer, existem polos em várias regiões da cidade.
“Todo o pessoal credenciado para trabalhar sabe que vai trabalhar com pessoas de idade mais avançada, que não foi alfabetizada. Trabalhar com adulto, com jovem, é outro perfil. As pessoas também podem ficar despreocupadas porque não é aquele ensino pesado. A gente entende a característica desse público-alvo e as aulas estão sendo pensadas para atender esse público-alvo”, explicou o chefe do NRE de Paranaguá.
Dignidade e liberdade
Paulo enfatizou que a alfabetização abre um universo de possibilidades e traz dignidade e liberdade para essas pessoas.
“Nós estamos falando de vários problemas que existem no Brasil, uma pessoa que não é alfabetizada, ela não tem liberdade. Ela fica refém de outras pessoas, para lerem documentos para ela. Uma pessoa que ainda hoje não sabe assinar o seu nome. Quando for alfabetizada, vai poder ler uma placa, ir ao banco com autonomia, assinar um documento, reconhecer o seu nome. Tem pessoas que não sabem reconhecer o seu próprio nome. Eu costumo sempre dizer que alfabetizar é dar dignidade e liberdade para as pessoas”, observou Paulo.
