Educação

Encontro em escola de Paranaguá debate o bullying na sociedade

Pais de alunos da Escola Nascimento Júnior tiveram uma aula sobre como lidar com este e outros problemas

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A Escola Municipal Integral Nascimento Júnior realizou na terça-feira, 24, mais um encontro do Sistema Educacional Família e Escola (SEFE), aplicado em várias unidades do município. A iniciativa tem como objetivo aproximar os pais dos alunos das atividades da escola, fazendo com que as maiores beneficiadas sejam as mais de 400 crianças de 5 a 11 anos que estudam na escola.
O bullying ganhou novamente notoriedade após o atentado em uma escola em Goiás, quando um aluno de 14 anos matou dois colegas de sala, feriu outros quatro e uma pedagoga conseguiu conter o adolescente. O vídeo do relato da profissional sobre como tudo aconteceu foi, inclusive, apresentado durante o encontro na Escola Nascimento Júnior.

A pedagoga orientadora da escola, Flávia Lima, contou que há alguns anos o SEFE é aplicado no município, ficando a cargo de cada gestão a inserção de temas de relevância para a realidade vivenciada nas comunidades escolares. O bullying foi acrescentado no último encontro em virtude de um trabalho já desenvolvido pela pedagoga.

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“Acrescentei o tema bullying porque vem ao encontro de outro projeto que eu desenvolvo chamado Oppa (Orientação para Pais, Professores e Alunos). Através do comportamento das crianças vimos que era necessário abordar o tema. Costumamos fazer rodas de conversa, um momento em que eles contam suas frustrações, seus medos, suas angústias e, no próprio intervalo, conseguimos verificar algumas situações”, explicou Flávia.

Um problema, segundo a pedagoga, nem sempre pode ser caracterizado como bullying. “Tudo começa com a falta de limites. Quando se torna um bullying, é porque a coisa já explodiu. Por isso, temos que tomar as providências antes, é como qualquer outro ser humano, o corpo fala quando alguma coisa está errada. Mas, quando usamos a percepção e de forma mais humana, conseguimos entender onde precisa da nossa ajuda”, mencionou Flávia.
A pedagoga ressaltou que a parceria entre a escola e os pais dos alunos é fundamental para enfrentar o bullying. “Tem que haver a parceria, a escola não pode se sentir a dona da situação, porque se um falhar, o outro também falha. Temos sempre que falar a mesma língua”, declarou Flávia.
A escola ainda busca esclarecimentos com ajuda técnica com psicólogos, pediatras e outros para que seja possível dar um direcionamento que favoreça o bem-estar da criança.

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CONSCIÊNCIA NA FAMÍLIA

Erick Ribeiro Monteiro da Silva tem dois filhos, um de cinco e outro de três anos. Ele afirmou que o tema precisa ser discutido na escola e na família. “A história do bullying não surgiu agora, antigamente a gente brigava e no outro dia já estava tudo bem. Hoje, a história tem outras proporções. Vemos uma sociedade muito imediatista, que quer resolver as coisas já, mas o bullying é um mal social, não tem se investido tanto em educação e no esporte, por exemplo”,disse.
Desta forma, Erick acredita no trabalho que a Escola Municipal Nascimento Júnior tem desenvolvido para identificar e tratar o problema. “Parabenizo a escola, a diretora e a pedagoga, que abriram as portas para que a gente pudesse refletir sobre o tipo de educação e a nossa responsabilidade, para que a gente não fuja do nosso papel enquanto cidadão e enquanto família. Precisamos ser humildes para reconhecer que sozinhos a gente não faz nada, mas juntos podemos muita coisa”, destacou Erick sobre o trabalho em conjunto da família com a escola.

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