Na última semana das férias escolares, os colégios da rede estadual de ensino do Paraná se preparam para recepcionar mais de 908 mil estudantes que na segunda-feira, 5, voltam às aulas. Entre as iniciativas mais importantes está a Semana de Estudo e Planejamento 2024, promovida pela Secretaria da Educação (SEED-PR). As reuniões, realizadas desde o dia 29 até esta sexta-feira, 2, fazem parte do calendário escolar e ocorreram em 2.087 escolas estaduais. O objetivo é estabelecer as diretrizes para o semestre correspondente.
O secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, visitou, nesta quinta-feira, 1, o Colégio Estadual Herbert de Souza, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde foi recebido por cerca de 60 pessoas, entre professores, pedagogos e colaboradores. Eles retomaram das férias já no dia 29, assim como os cerca de 35 mil professores da rede.
Ele participou da reunião pedagógica da Semana de Estudo e Planejamento, na qual foram pontuadas diversas diretrizes para a condução do ano letivo, além dos preparativos para a recepção dos estudantes em todo o Estado.
“Todo o início de ano letivo é dedicado ao planejamento e, neste momento, o foco da comunidade escolar é a recomposição da aprendizagem por meio da análise do desempenho dos alunos no ano passado e a definição das medidas que podem ser aplicadas para alcançar resultados ainda melhores no aprendizado, mantendo o Paraná no topo do ranking da educação do Brasil”, afirmou Miranda.
MAIS PROFESSORES
O exercício dos novos professores aprovados no concurso público da rede estadual de ensino, (Edital n.º 011/2023-DRH/SEAP), promovido pelo Governo do Estado em 2023, foi um dos assuntos abordados no encontro. No começo de janeiro, 1.195 professores e pedagogos tomaram posse e, com a convocação, vão reforçar a educação pública do Paraná a partir do início este ano letivo.
“A ampliação do corpo docente da rede estadual, via concurso, era um dos maiores anseios da comunidade escolar que, depois de 10 anos, foi atendido pelo Governo do Estado. Agora, a rede poderá contar com estes profissionais capacitados para fortalecer ainda mais a educação do Paraná”, destacou o secretário.
FOCO NA TECNOLOGIA
Outro assunto importante abordado na reunião foi a expansão dos componentes curriculares de Robótica e Programação. De acordo com o secretário, no ano passado a SEED-PR adquiriu mais de 120 mil equipamentos de informática, investindo em computadores, tablets e chromebooks, além de 18 mil kits de robótica que foram distribuídos em todo o Estado para reforço do ensino das disciplinas voltadas à tecnologia.
Para o componente curricular de robótica a previsão é a expansão para até 200 novas escolas da Educação em Tempo Integral e também para os novos Colégios Cívico-Militares.
Outro marco importante da volta às aulas é a ampliação do ensino de programação. Serão meio milhão de estudantes tendo aulas da disciplina.
“Esta é uma linguagem muito importante para os dias atuais, para os nossos jovens que em breve estarão no mercado de trabalho”, destacou Miranda.
ENSINO INTEGRAL
Com a meta de ampliar a abrangência da educação integral na rede estadual, a Secretaria da Educação planeja quase dobrar o número de alunos beneficiados pela educação integral até 2025, passando de 52 mil para 100 mil estudantes. Atualmente, 253 instituições de ensino do Paraná oferecem esse modelo pedagógico e o objetivo é que este número chegue a 400, nos próximos dois anos, representando um investimento anual de R$ 400 milhões.
A partir de 2024, a previsão é integrar 157 novas escolas ao modelo, resultando em 87 mil novas matrículas. O ensino integral se destaca pelo aumento do tempo dedicado aos estudos, com nove horas diárias e 45 horas semanais, proporcionando aos alunos uma carga horária mais completa.
Além disso, o Paraná Integral recebeu reforço com a sanção da Lei Estadual 21.658/2023, que estabelece políticas públicas para a educação em tempo integral na rede pública estadual, regulamentando a carga horária dos docentes, os conteúdos a serem abordados e delineando a atuação, inclusive para a educação especial.
Fonte: AEN